Política

Neto garante permanência de secretário do PSL que rompeu com Bolsonaro: “Independe de Brasília”

Roberto Viana/ BNews
Para o prefeito, aliança do DEM com o PSL na Bahia não pode ser afetada por questões de Brasília   |   Bnews - Divulgação Roberto Viana/ BNews

Publicado em 22/10/2019, às 10h46   Tamirys Machado e Bruno Luiz


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O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), afirmou nesta terça-feira (22) que vai manter Alberto Pimentel no comando da Secretaria Municipal de Trabalho, Esportes e Lazer (Semtel). 

A permanência dele no cargo começou a ser questionada nos bastidores após o titular da Semtel romper relações com o presidente da República, Jair Bolsonaro. Para Neto, a aliança do DEM com o PSL na Bahia não pode ser afetada por questões que ocorrem em Brasília. 

“O secretário continua como secretário. Nossa aliança na Bahia com o PSL é independente do que está acontecendo em Brasília. São dinâmicas completamente diferentes. Quando convidei Alberto Pimentel para ser secretário, não questionei previamente nenhuma liderança nacional do PSL. As questões são locais”, garantiu o prefeito. 

O racha entre Pimentel e o núcleo duro bolsonarista ocorreu após a escalada da crise interna no PSL, provocada pelo vazamento de áudios em que o presidente da República articulava a destituição do deputado federal Delegado Waldir (GO) da liderança da sigla na Câmara. 

Mulher do secretário municipal, a deputada federal Dayane Pimentel foi flagrada dizendo que daria um “abraço imaginário” em quem gravou Bolsonaro. A fala dela foi registrada na mesma gravação em que Waldir aparece dizendo que implodiria o presidente. O vazamento do áudio fez o casal Pimentel ser atacado nas redes sociais por apoiadores de Bolsonaro e por Eduardo, deputado federal filho dele, o que precipitou uma troca de farpas entre os três no Twitter, culminando no rompimento. 

Neto ainda pediu, mais uma vez, “maturidade e responsabilidade” para superar a crise, já que o “Brasil não aguenta mais viver em crise”. “Esta semana o Senado deve concluir a votação da reforma da Previdência. A partir dela, é preciso dar início à construção de novas reformas no campo econômico. O Brasil precisa voltar a ter um ritmo de geração de emprego, que só vai acontecer com os bons sinais da política”, defendeu.

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