"Não tenho medo das verdades dele", diz Lídice após provocação de Carlos Bolsonaro

A deputada federal baiana Lídice da Mata (PSB), relatora da CPMI das Fake News, afirmou ao BNews nesta quarta-feira (23) não temer as "verdades" do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). "Não tenho medo das verdades dele", disse, após o filho do presidente da República twittar uma provocação.

Nesta tarde, Carlos sugeriu no Twitter que irá à comissão para "dizer umas verdades" aos parlamentares. 

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"Primeiro, que ele não foi convocado, só pode vir se for convocado. Há um requerimento [Randolfe Rodrigues (Rede)], pra que ele venha, mas esse requerimento se quer foi votado", completou.

Sobre as críticas dos bolsonaristas de que a CPMI tem intenção de censurá-los ou persegui-los, Lídice disse que já esperava por essa reação. "Eu tô lidando naturalmente, já esperava que eles reagissem assim. Faz parte do "modus operandi" do PSL. De parecer que tá na defensiva, vão pra ofensiva, e montam uma narrativa de agredir o outro", afirmou.

Segundo a parlamentar, na semana passada, foi criado um perfil fake da deputada, que ela atribuiu aos bolsonaristas. "Tem sido isso ao longo da campanha de Bolsonaro, das atitudes de seus parlamentares aqui na Câmara, e também ele, já não é a primeira vez que ele tenta ir por esse caminho", disse.

Requerimentos

A CPMI das Fake News, presidida pelo senador baiano Angelo Coronel (PSD), vai ouvir, entre outras autoridades, a presidente do PT, deputada Gleise Hoffmann, Joice Hasselmann (PSL) e até Drauzio Varella.

Foram aprovadas as convocações do empresário Luciano Hang; do empresário e suplente de Flávio Bolsonaro, Paulo Marinho; do assessor internacional da Presidência, Filipe Martins; do secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten; de Otávio Fakhoury, do blog bolsonarista Crítica Nacional; e dos blogueiros Bernardo Kuster, Tercio Arnaud Tomaz, José Matheus Salles Gomes, Mateus Matos Diniz e Allan dos Santos.

Ainda de acordo com o site, também foram aprovados convites — quando o comparecimento não é obrigatório — dos deputados Delegado Waldir e Joice Hasselmann; de Felipe Moura Brasil, diretor do jornalismo da Jovem Pan e colunista da Crusoé; do general Carlos Alberto dos Santos Cruz; e do jornalista Luis Nassif.