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Após óleo em praias do Nordeste, Associação Brasileira esclarece sobre consumo de pescado processado 

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Em determinados estabelecimentos houve queda de até 90% nas vendas  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 30/10/2019, às 14h18   Redação BNews


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As manchas de óleo que atingem o Nordeste já prejudicam o mercado de pescado. Os poluentes dificultam a ação dos pescadores e pesquisas já orientam que se evite comer produtos das regiões afetadas. O Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) realizou uma pesquisa com 50 animais marinhos e detectou metais pesados em todos eles. No organismo humano, essas substâncias podem causar náuseas, vômito, enjoo, problemas respiratórios e arritmia cardíaca, entre outras consequências nocivas.

O professor Francisco Kelmo, da UFBA, explica que, assim que o óleo chega à costa, o material se deposita em rochas, areias e manguezais, que são onde mariscos, caranguejos, ostras e siris se alimentam. Quando esses animais filtram a água do mar, o petróleo entra no sistema respiratório. Em alguns casos, morrem por asfixia; em outros, o metal pesado se deposita no tecido.

Diante das notícias acerca da contaminação de animais marinhos, em determinados estabelecimentos houve queda de até 90% nas vendas. Preocupada com a repercussão negativa da chegada do óleo às praias do nordeste, a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados emitiu comunicado à imprensa para tranquilizar a população:

1. Com o objetivo de manter a tranquilidade quanto ao consumo de pescado processado no Brasil, esta Associação Brasileira das Indústrias de Pescados – ABIPESCA, esclarece à sociedade, consumidores nacionais e estrangeiros, que produtos de pescados processados em plantas sob o regime do Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, oferecem a necessária garantia de segurança e inocuidade alimentares.

2. A legislação nacional, rigorosa para todos os produtos de origem animal, exige que o pescado processado em indústria que possua controle oficial, antes de ser disponibilizado ao consumo seja atestado quanto seus padrões mediante análises sensoriais, indicadores de frescor, controle de histamina, controle de biotoxinas ou de outras toxinas perigosas para saúde humana, e também através do controle de parasitas. O consumo de pescado processado por indústria sob o Serviço de Inspeção Federal assegura ao consumidor a necessária tranquilidade na ingestão da proteína mais saudável e benéfica para saúde humana.

3. Ao profundamente lamentar o episódio que se vivencia, reforçamos que o consumo de pescado processado por indústria que esteja submetida a controle oficial é a única maneira para que consumidores se beneficiem de produtos que estejam garantidos quanto aos seus requisitos de identidade e qualidade definidos pelas leis, normas e regras nacionais e de países importadores.

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