Política

"Atacada por um pivete", diz Marco Nanini sobre ofensa de secretário a Fernanda Montenegro

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Em ato que reuniu ex-ministros da Cultura, o ator veterano criticou Roberto Alvim, indicado para a pasta no Governo   |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes sociais

Publicado em 12/11/2019, às 09h51   Redação BNews


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O ator Marco Nanini saiu em defesa de Fernanda Montenegro e revidou o ataque feito à atriz por Roberto Alvim, apoiador de Jair Bolsonaro e nomeado secretário especial de Cultura. "Uma senhora atriz ser atacada por um pivete. Ela é um tesouro que nós temos. Não dá para entender", disse o ator, que tem no currículo obras como "A Grande Família" e o "Auto da Compadecida". 

A declaração foi dada à Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira (11), em ato que debateu os rumos da arte no Brasil no governo Bolsonaro, no Rio de Janeiro. O evento, organizado pela Associação de Produtores de Teatro (APTR), reuniu sete ex-ministros da Cultura nas gestões de Fernando Henrique Cardoso a Michel Temer, políticos e artistas.

No fim de setembro, o diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte, Roberto Alvim, apoidor declarado do presidente da República, usou as redes sociais para atacar Fernanda Montenegro, motivado pela capa da Revista Quatro Cinco Um, em que a artista aparece vestida de bruxa em uma fogueira de livros. Ele chegou a dizer que sente "desprezo" pela atriz, que havia posado para a capa de uma "revista esquerdista":

"Na entrevista, vilipendia a religião da maioria do povo, através de falas carregadas de preconceito e ignorância. Essa foto é ecoada por quase toda a classe artística como sendo um retrato fiel de nosso tempo, em postagens que difamam violentamente o nosso presidente".

Ministro da Cultura no governo de Lula (PT), entre 2003 e 2008, o músico Gilberto Gil também esteve presente no Galpão das Artes para o ato. O baiano argumentou que na atual gestão, a cultura foi "reduzida a um lugar secundário" e cobrou "respeito" aos avanços conquistados nos últimos anos.

Entre outros nomes, participaram também o deputado Marcelo Calero (PPS-RJ), que integrou a gestão de Michel Temer, a ex-senadora Marta Suplicy e o diplomata Sérgio Paulo Rouanet, nome que batizou a lei de incentivo a artistas.

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