Política

PM's dizem que não receberam orientação do governo para conter invasão à embaixada da Venezuela

Folhapress
Agentes não teriam sido instruídos a retirar invasores  |   Bnews - Divulgação Folhapress

Publicado em 13/11/2019, às 16h09   Redação BNews



Policiais Militares que estão na embaixada da Venezuela no Brasil, em Brasília, afirmaram que não foram instruídos pelo governo brasileiro sobre como agir diante da invasão de apoiadores do autoproclamado presidente Juan Guaidó na manhã desta quarta-feira (13). Segundo informações do UOL, parte dos agentes permanecem dentro da embaixada, enquanto outros protegem o portão de entrada.

Um funcionário enviado pelo Itamarty também tem evitado comentar sobre o assunto e não informou aos PM's quais medidas deveriam ser tomadas. Enquanto isso, os oficiais não se mobilizaram em nenhum momento para retirar os invasores do local. Ainda não há nenhuma declaração oficial por parte do governo brasileiro, além de um tuíte do presidente Jair Bolsonaro feito por volta das 14h, em que repudia a influência de "atores externos" e que serão tomadas as "medidas necessárias" sob as regras da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

No inicio da manhã, o presidente disse desconhecer o teor da invasão e prometeu agir para "resguardar a ordem". No entanto, o post feito no Facebook foi deletado cerca de 1h depois. 

Em nota, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) condenou a invasão e atribuiu o ato a "indivíduos inescrepulosos e levianos" que geram "desordem e instabilidade". O texto diz ainda que Bolsonaro "jamais tomou conhecimento" da invasão à embaixada da Venezuela no Brasil.

Mas um diplomata enviado pelo Itamary, segundo o UOL, não estaria pondo em prática o que determina a nota do GSI. Nos últimos meses, o governo fez acenos em apoio a Guaidó, como no caso do próprio chanceler Ernesto Araújo, que tem reforçado o seu alinhamento com o presidente autoproclamado.

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