Política

Prefeito de Salvador está "desesperado" com fim do Mais Médicos, diz Alexandre Padilha

Vagner Souza/ BNews
Deputado do PT e possível candidato à prefeitura de São Paulo disse que até o democrata sente os efeitos da "política nefasta de Bolsonaro"  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 14/11/2019, às 15h05   Bruno Luiz/ Luiz Felipe Fernandez


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Cotado pelo ex-presidente Lula como um possível candidato à Prefeitura de São Paulo em 2020, o deputado federal Alexandre Padilha cutucou o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM). Reunido com outras lideranças do PT, em executiva nacional realizada nesta quinta-feira (14), no Wish Hotel, Padilha afirmou que até os aliados de Bolsonaros sofrem os efeitos da sua "política nefasta", como o democrata, que estaria "desesperado" com a saída do Mais Médicos da cidade. 

"O ministro da Saúde é do DEM, na cidade de Salvador o prefeito é do DEM, e ele está desesperado porque perdeu os médicos do 'Mais Médicos' aqui em Salvador", provocou.

Em agosto, o presidente nacional do DEM convocou 120 médicos por meio de concurso público realizado em junho, com impacto de R$ 18,6 milhões no orçamento, para cobrir déficit deixado pelo fim do "Mais Médicos". "No início do ano tivemos problemas na rede, algumas unidades perderam médicos, principalmente pela queda do programa Mais Médicos e aí era preciso fazer esse esforço para reposição dos médicos e retomar inauguração de novas unidades”, disse ACM Neto à imprensa na ocasião.

O deputado federal respondeu novamente sobre a possibilidade de sair como candidato em São Paulo e mostrou um discurso semelhante ao de Jaques Wagner, de conversar com outros partidos para analisar as estratégias do PT nas capitais brasileiras: seja apoiando candidatos da base ou com candidatura própria. Ele também conclamou a união da "juventude" e de movimentos "culturais" e "populares" em torno de uma aliança de centro-esquerda.

"Tem lugar que vamos 'tá junto' logo no primeiro turno, apoiando outras candidaturas, e teremos candidaturas próprias com outros partidos combinando o jogo de primeiro e segundo turno", reforça.

Assim como o senador, Padilha afirma que a decisão do PT deve ser tomada nas próximas semanas e é tratada como prioridade, assim como a caravana de Lula pelo país. 

"Eu defendo que a executiva nacional saia com o grupo definido sobre isso. Daqui há duas semanas tem o congresso nacional do PT, então tem uma nova direção e uma das tarefas prioritárias, junto com organizar a caravana do Lula pelo país, é discutir com os partidos as composições dos palanques municipais e dos programas pras cidades", explica.

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