Política

Damares Alves fala sobre prevenção do suicídio infantil e cobra o "resgate da autoridade" da família

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Ministra palestrou para representantes das assembleias legislativas de todo o país nesta quinta (21), durante encontro em Salvador  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV AL-BA

Publicado em 21/11/2019, às 18h18   Luiz Felipe Fernandez


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A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, discursou na tarde desta quinta-feira (21) na Conferência da Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais da Bahia), que acontece em Salvador. Com a presença dos representantes das assembleias de todo o país, Damares conclamou os deputados para formarem frentes parlamentares para trabalharem pela prevenção do suicídio de crianças e adolescentes.

Ela sugeriu que seja feito o que aconteceu em Minas Gerais, onde levaram a discussão para as assembleias, com a presença de pais preocupados com o tema. Segundo a ministra, em sua atuação como pastora, teve acesso a 72 grupos de WhatsApp formados por crianças de "8 e 9 anos" que trocavam informações sobre métodos de suicídio e automutilação.

Em dado momento do seu discurso, ao criticar àqueles que chamam de "invasão de privacidade" o controle feito pelos pais dos celulares dos filhos, a ministra do governo Bolsonaro foi aplaudida por parte do público presente, quando evocou o "resgate da autoridade" da família.

"Falo com os pais: abram o celular de seu filho, o WhatsApp, comecem a investigar os grupos que estão participando. Aí vem os especialistas em criança que nunca pariram um filho, que não são pais, cheio de cursos de doutorados, são 'ólogos' e mais 'ólogos', [dizem] que a ministra é maluca, e que o pai abrir o WhatsApp do filho é invasão de privacidade. Deixa eu falar como mãe e ministra da família: enquanto come na tua casa, come teu feijão, mora debaixo do seu teto, quem manda no seu filho é você. Não existe essa história de invasão de privacidade, pai é pai, mãe é mãe, e precisamos conversar nesse Brasil sobre o resgate de autoridades de pai e mãe", argumentou.

Damares alega que há dois anos tentou buscar ajuda do Governo Federal e do Ministério da Saúde para cobrar ações que combatessem o problema, mas não obteve sucesso. 

"Estive no ministério da Saúde há dois, três anos atrás, e mostrei que o Brasil estava mergulhado em um mar de sangue. Mostrava foto, e não tive a resposta que queria. Saí de lá muito triste", relembrou.

Segundo ela, o comportamento do presidente Jair Bolsonaro com o assunto é outro. A ministra afirma que assim que foi eleito, Bolsonaro "interrompeu no Brasil um ciclo de dor e sofrimento".

"Assim que o presidente foi eleito, ele colocou como meta de governo fazer enfrentamento ao suicídio e automutilação. E acreditem, o ministério que deu o pontapé inicial a essa luta foi o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos [...] porque é um clamor das famílias brasileiras que a gente lute por essas crianças, que estão mergulhadas em um mar de sangue", disparou.

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