Política
Publicado em 27/11/2019, às 15h31 Redação BNews
Aras diz que "fatos novos" justificam federalização do caso Marielle
Augusto Aras, procurador-geral da República (PGR), afirmou que "fatos novos" que envolvem o homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes em março de 2018 justificam a federalização da investigação do caso.
Nos últimos tempos, acresceram à investigação a citação do nome do presidente da República, Jair Bolsonaro, no depoimento do porteiro do condomínio onde o capitão e os milicianos responsáveis por executar o crime moram, e uma representação do jornalista Luis Nassif contra Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro.
O pedido de federalização enviado por Aras já foi aceito pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Atualmente, o caso é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e pela Polícia Civil, e caso seja oficializada a federação, a investigação passa a ser responsabilidade da Polícia Federal.
Augusto Aras foi escolhido por Bolsonaro como procurador-geral, após o presidente ignorar a tradição da lista tríplica, onde é nomeado um representante dentre os três indicados pelo Ministério Público Federal (MPF). Ele já foi chamado pelo capitão de "dama", em uma tentaviva de fazer uma metáfora com o jogo de xadrez, onde o procurador seria na verdade a Rainha.
“Vamos imaginar um jogo de xadrez do governo. Os peões seriam grande parte quem? Os ministros. Lá para trás, um pouquinho, o (Sérgio) Moro (ministro da Justiça) é uma torre. O Paulo Guedes (ministro da Economia) é o cavalo. E a dama, seria quem? Que autoridade? A dama é a PGR, tá legal? Tá dado o recado aí”, disse Bolsonaro, que se colocou como o "Rei".
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