Política

Joice acusa Eduardo Bolsonaro de ser um dos líderes dos ataques virtuais

Geraldo Magela/Agência Senado
Em depoimento na CPMI das Fake News, deputada falou sobre o gabinete do ódio  |   Bnews - Divulgação Geraldo Magela/Agência Senado

Publicado em 04/12/2019, às 15h58   Marcio Smith



A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) acusou o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o chamado "gabinete do ódio" de liderarem ataques virtuais contra pessoas tidas como inimigas da família Bolsonaro: "Eduardo está amplamente envolvido e é um dos líderes desse grupo que chamamos de milícia virtual". A denúncia foi feita durante seu depoimento na Comissão Parlamentar Mista Investigação (CPMI) das Fake News, nesta quarta-feira (04).

 A deputada contou como seriam realizados esses ataques virtuais. Segundo Joice, a metodologia é: Escolha de alvos, combinação de ataques, difusão entre pessoas e depois a entrada de robôs, para disparar mensagens. "Em questão de minutos, temos uma informação espalhada para o mundo inteiro. A sensação que é passada é para que muitos fiquem aterrorizados com o levante da internet", afirmou a deputada.

Joice acusou o assessor de Eduardo Bolsonaro, Carlos Eduardo Guimarães, de comandar o perfil "Bolsofeios" e contaria com a influência do filho de presidente. A antiga líder do Governo no Congresso ressaltou o número de seguidores robôs no perfil do Twitter do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que, segundo peritos acionados por ela, seriam de 1,4 milhão.

Valores utilizados

A deputada afirmou que foram usados R$ 500 mil de dinheiro público para realizar a perseguição aos tidos como inimigos da família, incluindo a utilização do "gabinete do ódio". Segundo Joice, para fazer disparo por robôs, gasta-se entre R$ 15 a 20 mil.

"As publicações são pautadas e influenciadas por políticos. Eduardo e assessores ativam as militâncias políticas. Muitos perfis são fakes para dificultar a responsabilização desses conteúdos. A expansão para a vida real é feita por robôs", afirmou a parlamentar.

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