Política
Publicado em 09/02/2020, às 09h25 Redação BNews
Aliados do atual presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM) estudam, com objetivo de manter o senador no comando da Casa, obter parecer favorável à reeleição na advocacia da Casa e aprová-lo na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) com maioria simples.
A estratégia foi desenvolvida pelo falecido Antônio Carlos Magalhães em 1999, e, aplicada com sucesso, abriu o caminho da reeleição da Mesa Diretora em legislaturas diferentes. Anteriormente, o artifício beneficiou o senador, e ex-presidente do Senado, Renan Calheiros.
As informações são da coluna Estadão, do Jornal Estado de São Paulo, deste domingo (9). O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB) - cotado, inclusive, para suceder Alcolumbre – defende que o senador tenha direito a uma recondução em qualquer momento do mandato.
Alcolumbre, por sua vez, acredita que a resistência à ideia da reeleição do comando das Casas está cada dia menor no Congresso. Segundo a publicação, a estratégia do grupo que apoia o parlamentar é mostrar que o mecanismo vale juridicamente para a mesma legislatura.
No caminho, o democrata ainda tem como obstáculos Simone Tebet (MDB) - presidente da CCJ e possível adversária na disputa pela presidência - e uma emenda constitucional de 2006 que veda a reeleição para o cargo. Nesta última hipótese, uma saída viável seria uma decisão judicial por meio do Supremo Tribunal Federal (STF).
Aliados mais pragmáticos, contudo, defendem que o cenário mais provável é também o mais difícil: a aprovação de uma PEC no Congresso. Os votos no Senado, dizem, estão garantidos. Falta convencer as lideranças da Câmara de que o único nome de consenso seria Maia. O timing perfeito para aprovar a PEC é antes do recesso.
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