Política

“O presidente da República não pode se comportar dessa forma sórdida”, diz Lídice sobre postura de Bolsonaro em relação à jornalista

Nilson Marinho/ BNews
Ele afirmou que a profissional “queria dar o furo” para conseguir informações sobre disparos de notícias em massa, realizados nas eleições de 2018  |   Bnews - Divulgação Nilson Marinho/ BNews

Publicado em 24/02/2020, às 00h07   Nilson Marinho e Márcia Guimarães



A deputada federal e relatora da CPI mista das Fake News no Congresso, Lídice da Mata, classificou como inaceitável a postura do presidente Jair Bolsonaro diante das agressões sofridas pela jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo. Ele afirmou que a profissional “queria dar o furo” para conseguir informações sobre disparos de notícias em massa, realizados nas eleições de 2018.

“O presidente da República não pode se comportar dessa forma sórdida”, destacou Lídice em entrevista ao BNews neste domingo (24). Bolsonaro reforçou o testemunho de Hans River do Nascimento, ex-funcionário da empresa Yacows, que a jornalista teria se insinuado sexualmente para ele em troca de informações que para a sua reportagem.

A CPI está em sua segunda fase, de investigação direta sobre a denúncia feita por Hans em relação à Yacows por prática de fake news. “Depois do acordo feito com a empresa em que trabalhou, ele [Hans] voltou atrás, disse que não deu as entrevistas, que não fez fake news, apenas que trabalhou na eleição. Nós o ouvimos e depois disso ele agrediu de forma inexplicável a jornalista da Folha, o que causou uma reação imediata da Comissão e da imprensa do Brasil inteiro”, contextualizou a deputada. 

O patrão de Hans também foi ouvido, mas se negou a fornecer as respostas esperadas e não teria se comprometido a falar a verdade. “Ele deixou de responder diversas vezes, dizendo que não podia produzir provas contra ele próprio. Então, essa posição é suspeita. A plataforma que ele utiliza é absolutamente vulnerável, pode ter apagado as mensagens de fake news que fez. Achamos que é preciso investigá-lo mais”, avisou.

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