Política

Alice Portugal vê “crime de responsabilidade” de Bolsonaro e diz que ele representa o "resquício da Ditadura”

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Deputada federal confirmou reunião com partidos de oposição ao presidente, na próxima terça-feira (3), para avaliar pedido de Impeachment   |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 27/02/2020, às 10h40   Luiz Felipe Fernandez


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A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) confirmou a reunião de partidos opositores ao governo Bolsonaro, na próxima terça-feira (3), para avaliar possível “crime de responsabilidade”, e consequente pedido de Impeachment.

 A reação foi pelo vídeo compartilhado pelo presidente, que convoca a população para um ato contra o Congresso brasileiro.

Alice citou o artigo 82 da Constituição Federal para enquadrar Bolsonaro e incluiu o vazamento do General Heleno para reforçar que estas atitudes afrontam a democracia. Ela concordou que o comportamento do presidente comprova os “resquícios da Ditadura Militar”, que norteiam a sua atuação, inclusive com uma composição ministerial recheada de militares.

“Ele representa isso, o resquício da ditadura, o segmento mais conservador da política nacional [...] de fato alguém que festeja torturadores, então não há dúvidas do seu perfil ligado à ditadura e a vontade expressa de uma militarização do regime.  Tanto que o 3º andar do Palácio do Planalto está tomado por generais”, disparou Alice em conversa com o BNews.

Candidata derrotada às eleições municipais de 2016, Alice defendeu a união de partidos e representantes políticos em uma frente “suprapartidária” para apurar o caso. Ela admitiu que aguarda uma retratação por parte do presidente e afirmou que “emendas impositivas” não retiram a autoridade do Governo Federal.

Alice listou as personalidades que já se manifestaram contra Bolsonaro, como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, e até do líder do Centrão, o deputado Arthur Lira (Progressistas).

"Ao tentar jogar a nação contra o Congresso Nacional, o presidente comete crime de responsabilidade. Todos, independentemente de partido ou opção ideológica, devemos nos unir em defesa da democracia. Está aberta a nova temporada da resistência", destacou a parlamentar.

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