Política

Condenado no Mensalão, Roberto Jefferson permanece fiel a Bolsonaro e pede fim do distanciamento social

Agência Brasil
"Covid19 tem cura, a fome é o apetite sem esperança", escreveu o ex-deputado no Twitter, que criticou a decisão do Supremo que impede presidente de encerrar isolamento  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 16/04/2020, às 15h11   Luiz Felipe Fernandez


FacebookTwitterWhatsApp

Bem mais distante dos holofotes do que quando foi condenado no emblemático escândalo do “Mensalão”, em 2012, o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, tem se mostrado um fiel apoiador do presidente Jair Bolsonaro nos últimos tempos. 

Em meio à crise do novo coronavírus, o petebista tem utilizado o Twitter para denunciar as supostas injustiças com Bolsonaro, criticado pelo noticiário internacional pela condução diante do surto da doença. O ex-deputado detonou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tira o poder absoluto do presidente para decidir sobre o fim das medidas de distanciamento social e disse que, no futuro, a culpa deve recair sobre os prefeitos e governadores.

“Lembrem-se, lembrem-se todos. O Supremo impediu Bolsonaro de agir sobre o isolamento, dando essa competência aos governadores e prefeitos. O Covid19 tem cura, a fome é o apetite sem esperança. Depois não culpem o presidente, o povo conhece seus carrascos”, escreveu o presidente do PTB, que em outro tuíte reafirma que Bolsonaro é “inocente”.

Roberto Jefferson, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter vendido apoio do seu partido ao PT, detonou ainda os presidentes do Senado e Congresso, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia (DEM), e os governadores Wilson Witzel (PSC-RJ) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). O atual maior arquirrival do Governo Federal, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, obviamente, não ficou de fora da lista de traidores.

“Dória, Witzel, Alcolumbre, Rodrigo Maia, Mandetta e Caiado, chegaram aos cargos de poder pelas mãos de Bolsonaro. Todos o traíram, pensando que poderiam encabrestar o presidente para fazer a velha política. Não conseguiram, hoje cospem na mão amiga”, postou no início da tarde desta quinta-feira (16).

No embalo dos filhos do presidente de Abraham Weintraub, ministro da Educação, Roberto Jefferson entrou no grupo daqueles que atribuem a pandemia à uma criação da China. Ainda na Ásia, Jefferson disse que o PDT se reuniu no início do mês com o Partido Comunista chinês, para “montar um projeto alternativo de esquerda” para a candidatura de Ciro Gomes em 2022. 

“Como será o financiamento de campanha? Isso é legal?”, indagou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp