Política
Publicado em 18/04/2020, às 14h43 Pedro Vilas Boas
Na avaliação do ex-deputado federal baiano José Carlos Aleluia (DEM), a queda de Luiz Henrique Mandetta (DEM) do cargo de ministro da Saúde após embate público com Jair Bolsonaro (sem partido) é natural, além de também não ter se incomodado com a investigação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra ele.
"Numa crise dessa dimensão é natural que cause estresse, divergência, entre os governos, as pessoas, famílias. Estamos vivendo um momento de grande transformação; um pensa de uma forma e outro de outra. A população também tá dividida. Quando você tem divergência no governo entre ministro e presidente, o presidente quer que o ministro saia; divórcio consensual", afirmou, em entrevista ao BNews neste sábado (18).
O baiano trabalhava como assessor especial de Mandetta. Segundo a revista Veja, ele, assim como o também assessor Abelardo Lupion, estava sendo investigado secretamente pela Abin e por militares, numa tentativa de Bolsonaro para derrubar o então ministro da Saúde. Ao final, ele seria demitido e o oncologista Nelson Teich assumiria a função.
"Isso é fruto da guerra que estava se estabelecendo. Se tiver investigação é obrigação da Abin investigar todo mundo. Investigar não é notícia. Quem se incomodou foi o Congresso, que mandou ofício pro governo pedindo esclarecimento", avaliou.
Aleluia informou à reportagem que já pediu demissão do cargo.
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