O deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB), que teve mais de um milhão de votos na disputa pelo governo do Estado, foi o entrevistado desta manhã no Programa do Bocão, na Sociedade AM. Logo no primeiro bloco ele foi provocado pelo apresentador Zé Eduardo a comentar a relação com o governador Jaques Wagner (PT). “Nos afastamos politicamente, mas não somos inimigos. Se nos encontrarmos não haverá nenhum constrangimento. Podemos até conversar sobre futebol, já que o nosso time está prestes a voltar para à série A”, ironizou o ex-ministro.
Em seguida, Zé Eduardo listou alguns nomes do PMDB e perguntou qual deles reúne mais condições para disputar a Prefeitura de Salvador em 2014. “Certo mesmo é que teremos candidatura própria. Não sabemos se será Alan Sanches, Marcelo Guimarães, Fábio Mota, Lúcio. Mas, me parece que esse não é o desejo de Fábio e creio que a prioridade de Lúcio será exercer o mandato para o qual foi eleito com mais de 200 mil votos”.
A entrevista ganhou um tom mais áspero quando o assunto em questão foi a administração João Henrique e a relação entre o prefeito e o grupo político liderado por Geddel. “Ele segue filiado ao PMDB, mas, sem dúvida alguma, está mais próximo do governador. João recebeu toda a nossa atenção e carinho quando passava por um momento difícil. Ele tinha uma rejeição enorme e nós trabalhamos e conseguimos garantir a reeleição. Mas, a gestão começou a ficar ruim novamente na medida em que ele se afastou do PMDB. Acho que ele optou por fazer uma gestão com a cara dele e, não, com a do PMDB”, disparou.
Sem deixar o peemedebista respirar, Zé perguntou se ele se sentia traído por João Henrique. “Esse julgamento quem faz é a sociedade. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Eu, particularmente, depositei mais de R$ 300 milhões do ministério da Integração aqui em nossa cidade. O mais importante é que tenho a consciência tranquila".
No final do programa, Geddel passou por um pinga-fogo. De cara teve que dar nota a Prefeitura e ao Governo da Bahia. “Não queria dar uma de professor, mas vamos lá. Agora, dou 4 à administração municipal e entre 5 e 6 ao primeiro mandato de Jaques Wagner”, observou. Por último, destacou o melhor e o pior secretário da capital e do estado. “O melhor de Salvador já não está mais nos quadros da Prefeitura, que era José Carlos Brito, ex-titular da Saúde. O pior é o da Fazenda, Flávio Mattos. Quanto ao governo, Cícero Monteiro faz um bom trabalho à frente do Desenvolvimento Urbano. O destaque negativo é o da Secretaria de Segurança Pública, César Nunes”.
Ouça aqui um trecho da entrevista
