Política

Flávio Bolsonaro nomeia ex-assessor da Casa Civil para atuar em seu gabinete

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Autor do manifesto do Aliança Pelo Brasil, Felipe Cruz Pedri ocupa desde o dia 20 o cargo de maior remuneração dentre os comissionados  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana/BNews

Publicado em 28/04/2020, às 13h52   Redação BNews


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O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) nomeou o assessor Felipe Cruz Pedri para trabalhar em gabinete cinco dias após o mesmo ter sido exonerado da Casa Civil do governo. As informações são do jornal O Estado de São Paulo desta terça-feira (28).

Seguidor das ideias do ideólogo Olavo de Carvalho, e autor do manifesto do Aliança Pelo Brasil, Pedri teve sua exoneração publicada no dia último dia 15, e assinada pelo ministro Walter Braga Netto, que coordena o comitê de crise do combate ao coronavírus.

De acordo com a publicação, no gabinete do filho do presidente, Pedri ocupa o cargo de assessor parlamentar SF02, de maior remuneração dentre os comissionados. Nomeado no último dia 20, ele recebe um salário bruto de R$ 17,3 mil. Antes atuar no Planalto, ele trabalhou para o então deputado Onyx Lorenzoni entre 2016 e 2018.

Ativo nas redes sociais, Pedri usa seu perfil no Twitter para denunciar o globalismo, criticar opositores do governo e compartilhar a publicação de figuras proeminentes das redes bolsonaristas - como o blogueiro Allan dos Santos.

No último dia 22 de abril, o assessor criticou as medidas de restrição de circulação adotadas em todo o país para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

"O ‘ficaemcasa’ é o AI-5 da nossa época. Mais agressivo e com foco nos comuns, nem no pior dos extremismos imaginávamos pessoas sendo presas por quererem se sustentar", escreveu. De acordo com o último boletim divulgado pelo ministério da Saúde, o Brasil conta com 66.896 casos confirmados da Covid-19 e 4.555 mortes pela doença.

A fala faz referência ao ato institucional marco do recrudescimento da ditadura civil-militar brasileira iniciada em 1964. O AI5 concedia ao presidente da República poder para cassar mandatos de deputados federais, estaduais e vereadores, proibir manifestações populares de caráter político e suspender o direito a habeas corpus.

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