Política

Ciro analisa aproximação de Bolsonaro com veteranos da política: “É com essa gente que está se abraçando”

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Pedetista afirmou que palavras do presidente, que durante a campanha prometeu jamais recorrer à "velha política", não são confiáveis  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 30/04/2020, às 13h25   Luiz Felipe Fernandez


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Candidato à presidência em 2022, Ciro Gomes (PDT) analisou a recente aproximação de Jair Bolsanaro com o bloco de partidos chamados de “Centrão”, o que contraria às promessa feitas durante as eleições de que jamais cederia às negociatas da “velha política”.

Para Ciro, o movimento do presidente que se viu ameaçado com os diversos pedidos de impeachment e perda de apoio popular, não é nenhuma surpresa. “O que Bolsonaro diz de manhã, não vale de tarde”, avalia.

O pedetista afirma que a estratégia de Bolsonaro consiste em um “jogo duplo”: ora discursa com radicalismo, pede fechamento do Congresso e intervenção militar. Em outro momento, após ver a repercussão negativa das suas falas, fala em “democracia”. Segundo o ex-governador, essa dubiedade lembra a antiga prática do que chama de “lulopetismo”.

“Ele tá jogando duplo, tem a premissa que é a mesma do ‘lulopetismo’, de que não temos memórias, somos imbecis, manipulam nossos sentimentos”, compara.

Recentemente, Bolsonaro tem buscado conversar com velhos conhecidos da política nacional, na tentativa de negociar cargos em secretarias e garantir o apoio no Congresso. Entre eles estão os condenados Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, e Valdemar Costa Neto, do PL. “É com essa gente que Bolsonaro está se abraçando”, alertou Ciro durante uma live com o Grupo A Tarde nesta quinta-feira (30).

 Outros que podem ganhar cargos em troca do apoio ao Governo Federal são o PP, o Republicanos e o PSD. Algumas das possíveis moedas de troca são o Banco do Nordeste, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a Codevasf e a Funasa.

Para Ciro, o único objetivo é entregar o comando dos órgão para que os políticos possam “roubar”, assim como foi feito nos governos de FHC e Lula.

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