Política
Publicado em 05/05/2020, às 12h12 Redação News
A nota do Ministério da Defesa para reafirmar o dever das Forças Armadas com o respeito à democracia não foi o único efeito do discurso do presidente Jair Bolsonaro no último fim de semana, quando participou de ato contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e em defesa do fechamento do Congresso Nacional.
Após a fala que incitava um golpe militar, apoiado por muitos dos manifestantes, Jair Bolsonaro precisou dar explicações ao Exército, segundo informações da coluna Radar, da Revista Veja. O ex-PSL teria ligado nesta segunda-feira (4) para o comandante Edson Pujol, para desfazer ruídos.
Um deles foi publicado pela Folha de S. Paulo, que seria a intenção de Bolsonaro de substitui Pujo no comando do Exército pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. A informação, no entanto, foi desmentida pelo próprio Ramos em mensagens enviadas por WhatsApp a membros do governo. Mas foi o suficiente para aumentar a desconfiança e instabilidade.
A preocupação de Bolsonaro e Ramos é de que a informação tenha sido plantada, tanto que trataram de ligar para Pujol para dizer que não passava de “fake news”.
“Jamais aceitaria tal ideia… sem mencionar que seria desonroso para mim e total quebra dos valores que todos nós cultuamos, como antiguidade e merecimento”, escreveu Ramos.
No Exército, porém, a sensação que predomina é a de que a intenção era testar como a notícia seria recebida. À Radar, um interlocutor do comando disse que a “pior coisa é feria a hierarquia”.
“A pior coisa pra gente é ferir hierarquia e disciplina e ser traíra. Ramos ia ser tachado disso, caso assumisse o Exército”, resume.
A confusão explicitou a tentativa de Bolsonaro de forçar a barra para vincular o Exército aos seus discursos contra o STF e Congresso, que não funcionou e só deixou mais evidente o seu isolamento.
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