Governo negocia com "Centrão" cargos em ao menos dez ministérios, diz coluna

Ao menos dez ministérios têm cargos em negociação com partidos do chamado "Centrão". É o que revela a coluna Estadão, do jornal O Estado de São Paulo, desta quarta-feira (13). O montante representa metade dos ministérios que o governo possui. 

Segundo a publicação, líderes do Centrão preferem os cargos de segundo e terceiros escalões porque poderão deter muitos recursos sem ter a imagem diretamente associada ao governo. 

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Diante das instabilidades políticas provocadas pelo desembarque do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, além da pandemia do novo coronavírus, a estratégia do presidente Jair Bolsonaro tem sido concentrar esforços para reforças apoio no Congresso. 

No melhor cenário, o governo espera ter entre 200 e 250 votos no Congresso - montante suficiente para manter Bolsonaro na Presidência até o fim do atual mandato. Contudo, a publicação ressalta que ainda não há 100% de confiança de nenhum dos lados da negociação. 

Além do inquérito em andamento sobre as acusações feitas por Moro sobre interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal (PF), existem apurações tocadas pelo ministro Alexandre de Moraes quanto a ataques à democracia comandados pelo "gabinete do ódio".