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Sem citar nomes, Nelson Teich reclama de ex-ministro que critica sucessor

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O oncologista pediu exoneração do cargo menos de um mês após assumir a função em substituição a Luiz Henrique Mandetta  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 18/05/2020, às 19h21   Pedro Vilas Boas


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O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, reclamou, em publicação feita no Instagram na noite desta segunda-feira (18), da postura de um antigo chefe de pasta que critica seu sucessor. O oncologista pediu exoneração do cargo menos de um mês após assumir a função em substituição a Luiz Henrique Mandetta.

"Em 28 dias à frente do Ministério da Saúde, por mais difícil que fosse a situação, nunca expus gestões anteriores. Acho muito deselegante um ex-ministro criticar seu sucessor e acredito que esse tipo de conduta só aumenta a polarização e o desgaste, prejudicando desta forma, o país inteiro", escreveu Teich.

O general Eduardo Pazuello assumiu o cargo de ministro da Saúde, enquanto um nome não é oficializado. Apenas três dias após sua nova função, ele já levou ao presidente Jair Bolsonaro um novo protocolo para uso da cloroquina em pacientes de Covid-19, segundo a Coluna Radar.

O uso da cloroquina para pacientes contaminados pelo novo coronavírus com sintomas leves teria sido o principal motivo para Teich pedir exoneração. Já Mandetta foi demitido após rivalizar com Bolsonaro sobre a discussão em torno da flexibilização do isolamento social.

"Mês perdido"

No dia em que Nelson Teich anunciou sua saída do Ministério da Saúde, Mandetta disse que vê com "muita apreensão" a saída do oncologista do comando da pasta. "Foi um mês perdido", afirmou, ao participar de programa na TV Brasília.

Segundo Mandetta, no quase um mês que Teich ficou no cargo, ele não teve tempo de fazer muito. "A única medida foi exonerar as pessoas que estavam lá trabalhando", disse.

Na avaliação dele, neste mês era necessário tomar uma série de medidas, como aumentar o tamanho do sistema de saúde e o número de leitos e tentar uma maior aproximação com a China, para trazer mais respiradores ao país.

Em 28 dias à frente do Ministério da Saúde, por mais difícil que fosse a situação, nunca expus gestões anteriores. Acho muito deselegante um ex-ministro criticar seu sucessor e acredito que esse tipo de conduta só aumenta a polarização e o desgaste, prejudicando desta forma, o país inteiro. Deixo prontos 4 Planos de Ação: 1. Programa DIAGNOSTICAR PARA CUIDAR (Plano de Testagem) 2. Estratégia de GESTÃO DE RISCOS (Avaliação de Riscos, Orientações e Instrumentos para apoio á tomada de decisão na resposta á pandemia de Covid-19 na esfera local. Ferramenta voltada para o suporte a Governadores, Prefeitos e Secretários de Saúde) 3. Criação das UNIDADES DE SUPORTE VENTILATÓRIO 3.a) Para atendimento precoce de pacientes diagnosticados com COVID que apresentam critérios clínicos de evolução desfavorável, como dispneia, queda na oxigenação do sangue e pneumonia bilateral. 3.b) Oferta de ventilação não invasiva (VNI) para reduzir evolução para casos graves e críticos, que necessitam de UTI 4. Projeto de AÇÃO NA LINHA DE FRENTE (Visita a Hospitais voltados para tratamento da Covid-19, iniciando nas cidades com saturação de leitos da Rede Pública) Nessa época de caos e incertezas, qualquer ação, que tire o foco do enfrentamento à Pandemia, deve ser evitada. O Brasil precisa se unir para que juntos encontremos a melhor maneira de lutar. Confrontos desnecessários só prejudicam o Brasil e todos nós, brasileiros.

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