Política

“Autorizar é diferente de recomendar”, diz secretário de Saúde sobre uso da hidroxicloroquina na Bahia

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Medicamento é autorizado no estado em casos graves da doença  |   Bnews - Divulgação Arquivo / BNews

Publicado em 24/05/2020, às 09h38   Pedro Vilas Boas e Tamirys Machado


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O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas Boas publicou no Twiiter um estudo sobre o medicamento hidroxicloroquina, mostrando o aumento de morte com o uso da substância que pode causar problemas cardiácos. “ O maior estudo de hidroxicloroquina mostra um aumento significativo na morte (~ 35%) e um aumento >2 vezes de arritmias cardíacas graves. ~ 96.000 pacientes, ~ 15.000 em HCQ ou CQ de 671 hospitais, 6 continentes”, publicou o secretário. 

Na Bahia, o uso da  hidroxicloroquina é autorizada pelo Secretaria de Saúde, em pacientes entubados. Indagado pela reportagem do BNews, se isso poderia mudar, o titular da Sesab afirmou que “autorizado é diferente de recomendado” e continuou “a medicação é off label para uso em Covid. O médico que a prescrever o faz com base na sua responsabilidade profissional. Essa sempre foi nossa postura”, respondeu Fábio Vilas Boas. 

 Há uma polêmica no Brasil em relação ao uso ou não da substância em pacientes infectados com a Covid-19. Alguns estudos descartam a eficácia do uso da cloroquina e seu derivado, a hidroxicloroquina, no combate ao coronavírus. No entanto, o Brasil publicou um protocolo do MInistério da Saúde, que libera o uso da cloroquina até mesmo em pacientes com sintomas leves da covid-19. A medida foi determinada pelo presidente Jair Bolsonaro. Os dois ex-ministros de Saúde, Nelson Teich  e Mandetta não orientam o uso da medicação. 

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