Política

Com base em denúncia do MP, pedido de afastamento de presidente da Câmara de Jequié é protocolado

Reprodução/Câmara Municipal de Jequié
Em conversa com o BNews, Tinho de Waldeck negou que tenha cometido qualquer irregularidade e diz que a ação tem cunho político  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Câmara Municipal de Jequié

Publicado em 27/05/2020, às 16h18   Luiz Felipe Fernandez



Um pedido de afastamento do presidente da Câmara Municipal de Jequié, Tinho de Waldeck (PV), foi protocolado com base em uma denúncia de 2018 do Ministério Público da Bahia (MP-BA).

O órgão alega que Tinho teria nomeado Rubens Vaz Santos como assessor de forma irregular, uma vez que ele trabalhava em uma loja de calçados e fazia faculdade, portanto, não teria tempo para exercer a função.

Em conversa com o BNews, Tinho de Waldeck negou que tenha cometido qualquer irregularidade e que a ação tem cunho político, uma vez que, segundo ele, ela teria partido da atual gestão do prefeito Sérgio da Gameleira (MDB), também ameaçado de afastamento por improbidade administrativa.

De acordo com Tinho, o assessor "sempre desenvolveu" normalmente as suas atividades, independente das suas obrigações fora do gabinete. O presidente do Legislativo de Jequié ressaltou que o Tribunal de Justiça já negou embargos de declaração impetrados pelo MP-BA, em janeiro. Na ocasião, o recurso foi rejeitado por não comprovar os indícios da "prática de atos improbos".

No início de abril, contudo, a Justiça recebeu um novo agravo de instrumento do MP e deu o prazo de 15 dias para que a defesa do vereador se manifestasse. Segundo o edil, foram apresentados os mesmo argumentos que garantiram a rejeição dos embargos declaratórios.

Tinho de Waldeck diz que, assim que puder ocorrer a primeira sessão ordinária, a matéria será apreciada e poderá ser votada. Com a restrição de circulação na cidade após às 17h devido ao surto de Covid-19, ainda não houve disponibilidade para a sessão.

O presidente da Câmara lembrou que será votado não só o seu afastamento, como também o pedido de impeachment contra o prefeito Sérgio da Gameleira, que conseguiu suspender a votação na Justiça, após um mandado de segurança coletivo impetrado por sete vereadores.

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