Política
Reprodução/YouTubePublicado em 28/05/2020, às 13h24 Luiz Felipe Fernandez
O governador Rui Costa parabenizou o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo inquérito que apura o disparo de fake news, que resultou em uma operação da Polícia Federal contra oito deputados e outros apoiadores bolsonaristas.
"Parabenizo o ST por tomar uma medida rígida. Quem mente e faz calúnia tem que pagar os seus crimes", opinou Rui, que saiu em defesa do trabalho da imprensa e lamentou os casos recentes de agressão e intimidação a jornalistas. "Infelizmente os jornalistas não estão tendo liberdade pra trabalhar no Brasil, são espancadaos na rua, coagidos, é uma tática de constranger, intimidar, para que as pessoas não façam denúncias", completou.
Em entrevista coletiva à véiculos do Recôncavo e do sul da Bahia nesta quinta-feira (28), o petista afirmou que desde as eleições de 2018 o país sofre com o "vírus da mentira", que se alastrou em meio à pandemia do novo coronavírus, e que a prática de disseminar fake nes é um hábito daqueles que não tem nenhuma "proposta" ou "trabalho" para o país: "Só resta falar mal dos outros".
"Tem gente dizendo que grão de feijão cura a doença, outros falam em tomar creolina, água sanitária. Enquanto especialistas dizem que cloroquina sem recomendação médica, mata, isso é péssimo", avaliou.
Rui comentou ainda a suspeita de que exista uma "máquina" organizada que, segundo especialistas, movimentaria até R$ 6 milhões por mês para manter o seu funcionamento.
Na manhã de hoje, o governador anunciou em entrevista à rádio BandNews Fm, que enviará ao STF um dossiê sobre as fake news criadas durante a pandemia de Covid-19, junto com outros governadores do Nordeste.
No total, 17 pessoas são investigadas no inquérito, entre eles o dono da Havan, Luciano Havan, o presidente da SmartFit, Edgard Corona, o comediante Rey Biannchi e oito deputados da base bolsonarista.
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