Política

“Bolsonaro exerce pouca autoridade”, diz empresário acusado de financiar fake news

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Dois celulares, um HD e vários DVDs foram levados dele foram levados pela Polícia Federal para análise.   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram

Publicado em 06/06/2020, às 12h47   Redação Bnews


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O empresário Otávio Carlos Fakhoury, investigado no inquérito das fake news, afirmou em entrevista à revista VEJA que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) exerce pouca autoridade no governo. Fakhoury é amigo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e foi alvo de busca apreensão por supostamente financiar a produção de fake news contra desafetos do governo Bolsonaro. Ele nega ter relação com o "gabinete do ódio", como é chamado o grupo espalha ameaças e ataques na internet.

"Na verdade, eu vejo um lado ruim: o Bolsonaro exerce pouca autoridade. Muitos o chamam de ditador, mas penso o contrário. Acho que tem exercido pouca autoridade. A Polícia Federal é dele, mesmo assim tem ocorrido ordem ilegais e processos dúbios, como esse das fake news", disse à reportagem. 

O empresário afirmou que financiava manifestações contra alguns politícos de oposição, como o presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas nega investir em ataques virtuais. A Polícia Federal apreendeu dois celulares, um HD e vários DVDs para análise. 

"Eu nem sei o que é gabinete do ódio. Afirmo categoricamente: nunca recebi ordem de alguém para divulgar algo. Faço e posto tudo de acordo as com as minhas convicções. Fiz algumas doações, todas registradas pelo TSE, como 45.700 reais para o PSL de São Paulo nas eleições de 2018 (...) Minha última ajuda foi em março desde ano, antes da pandemia, em uma manifestação a favor do governo e contra pessoas específicas, como Rodrigo Maia. Eu não sou contra a instituição em si, mas quero uma limpeza delas", completou Fakhoury.

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