Política

Rui se manifesta sobre denúncia envolvendo empresários presos e Bruno Dauster: "não vou descansar até a conclusão disso"

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Empresa ainda não devolveu R$ 48 milhões ao governo da Bahia; empresária citou nome do ex-secretário da Casa Civil   |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 15/06/2020, às 14h41   Redação BNews


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Em entrevista ao apresentador José Eduardo, no programa Balanço Geral, o governador Rui Costa deu um panorama da luta da Bahia contra o novo coronavírus. Questionado se hoje a doença está controlada, Rui foi cuidadoso: "Na Bahia nós conseguimos diminuir bastante o ritmo de crescimento de doença. Tem uma boa notícia que é que a demanda por leitos hospitalares, seja UTI ou enfermaria, caiu para 2% ao dia. Como hoje temos aproximadamente 1.100 pessoas internadas, significa que a cada 24 horas entram cerca de 20 pessoas para os leitos. É uma boa notícia, mas não significa que vencemos a batalha, que vencemos a guerra".

Questionado sobre investimentos no interior, Rui salientou que o governo tem cuidado das cidades que estão com taxas altas, como Teixeira de Freitas e Gandu, por exemplo: "abrimos vários leitos e ajudamos prefeituras a abrir leitos. Para Feira de Santana emprestamos respiradores e tomógrafos. Em Teixeira de Freitas, através da Suzano, também contribuímos. Tem também Caetité e estamos ampliando esse atendimento em diveras regiões da Bahia".

O governador também fez críticas ao governo federal: "Infelizmente o Brasil vai pagar preço muito alto por não ter tomado o remédio amargo de uma só vez. O Brasil quis tratar a doença como homepatia, com gotas diluídas, e por isso vamos ter que conviver com isso por essa falta de ação do governo federal".

O apresentador perguntou sobre a denúncia contra o ex-secretário da Casa Civil Bruno Dauster, que foi citado no caso dos R$ 48 milhões para compra de respiradores que nunca foram entregues. Rui respondeu, sem citar o nome de Dauster: "Infelizmente, nessa o mundo inteiro passou por dificuldades pra conseguir alguns equipamentos, materiais e insumos para o combate à pandemia. O grande fornecedor mundial foi a China, e todos correram pra conseguir esses equipamentos. Todos ficaram sucetíveis às imposições de pagamento à vista. Isso aumenta muito o grau de exposição do contrato, uma vez que ficamos dependentes de fornecimento posterior".

Rui falou sobre os empresários que foram presos na operação da polícia baiana: "Tivemos esse caso de empresários que tinham em vista e não conseguiram os respiradores, e que depois devolveram o dinheiro. Infelizmente tivemos o caso de uma pessoa que não conseguiu o equipamento e resistiu em devolver o dinheiro. Chamei o procurador-geral do Estado e tomei as providências que um governador poderia tomar. Tivemos uma ação feitra pela Polícia Civil, e foram presas três que já nos primeiros interrogatórios confessaram que estavam com os recursos, mas diziam que iam devolver imediatamente pelo menos parte do dinheiro. Quando foi pedida a renovação da prisão provisória, houve a paralisação. Eu não vou entrar em debate jurídico, mas eu tenho uma indignação, uma revolta". 

Ainda sem citar o nome de Dauster, Rui finalizou de forma contundente: "Não vou descansar até a conclusão disso. Só peço pelo amor que cada um tem a sua família que faça a coisa correta, que deixa política, a vaidade pessoal da de lado".

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