Política

"Eu vou aceitar com a maior alegria", diz Feder sobre a possibilidade de assumir o MEC

Divulgação/Secretaria da Educação do Paraná
O secretário e o presidente se reuniram na terça-feira (23), em Brasília   |   Bnews - Divulgação Divulgação/Secretaria da Educação do Paraná

Publicado em 24/06/2020, às 14h31   Redação BNews



O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, disse nesta quarta-feira (24), que vai aceitar com a "maior alegria" se houver o convite oficial para assumir o Ministério da Educação (MEC). "Caso o presidente venha a me convidar, eu vou aceitar esse papel com a maior alegria. E por ter uma admiração muito grande pelo presidente Jair Bolsonaro", disse.

Feder é um dos nomes que vem sendo ventilado no Palácio do Planalto. A indicação de Feder foi feita pelo governador Ratinho Junior (PSD).

De acordo com informações do G1, o secretário e o presidente se reuniram na terça-feira (23), em Brasília. E segundo Feder, o presidente Jair Bolsonaro quis saber sobre projetos implantados pelo Paraná que podem ajudar no desenvolvimento da educação brasileira.

O cargo de ministro da Educação está vago desde que Abraham Weintraub pediu pra sair. Ele deixou o governo após se envolver em uma série de polêmicas e de ofender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Contra Weintraub ainda pesam duas investigações na Corte: uma apura a ofensa aos ministros do tribunal e a outra a suspeita de declarações racistas contra o povo chinês.

"Tivemos uma conversa muito boa, muito focada em educação. O presidente Jair Bolsonaro se mostrou muito interessado no que o Paraná tem feito pra melhorar a educação da população e dos nossos jovens", disse Renato.

"Eu acredito que adotando as medidas corretas, apoiando os municípios, os estados, é possível transformar o Brasil em uma potência educacional com boas práticas, com boa gestão, a gente consegue aumentar muito a qualidade do ensino público no Brasil", acrescentou Feder.

Ainda de acordo com o G1, na reunião o foco na caminhada técnica e pedagógica de apoio aos municípios.

"Então, por exemplo, aqui no Paraná, um dos assuntos que a gente tratou foi a adoção de uma ferramenta que ajudou muito na educação. O professor passou a fazer a chamada pelo celular, e isso facilitou a vida do professor porque, em vez de ele ter que anotar no caderninho a chamada e depois passar para o computador, ele já faz no celular", explicou.

"O grande benefício é de que a gente consolida essas informações e entrega para o diretor da escola quais os alunos que estão faltando nos últimos dias e quais as séries onde está havendo mais problemas. E aí o diretor consegue ver mais rapidamente onde pode ter um problema na escola dele. Antes da chamada pelo celular, um diretor ia ver em maio, por exemplo, quem estava faltando em fevereiro. Só que aí a evasão já ocorreu", explicou.

Questionado sobre a possibilidade de privatização do ensino público, Feder disse discordar. "Isso não deve acontecer. Todos os estudos, a experiência com voucher se mostraram ineficazes. O Chile tentou, alguns países europeus tentaram, vários estados norte-americanos também tentaram a política de voucher e em nenhum lugar, o voucher se mostrou como uma política de sucesso. Então, realmente, não faz sentido eu defender essa política e eu sou, hoje, contra essa política de privatizar ou de ter vouchers na educação", esclareceu.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp