Política
Publicado em 03/07/2020, às 14h24 Redação BNews
Coordenador da Força-Tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador da República Deltan Dallagnol afirma que existe hoje no Brasil um "novo gabinete do ódio" criado para "macular" a operação.
Segundo ele, a Procuradoria-Geral da República tem atuado para promover o "desmonte institucional" do que considera ser um mecanismo importante no combate à corrupção no país nos últimos anos.
"O que parece é que há algum novo gabinete do ódio, operando para macular a Lava-Jato. Entendo ainda que eventuais mudanças no contexto político, como a saída do ex-ministro da Justiça Sergio Moro do governo, não deverão afetar o apoio institucional à Lava-Jato, pois o Ministério Público é e deve ser uma instituição independente do poder político", disse o procurador.
Dallagnol nega que o grupo de procuradores tenham formado uma rede clandestinas de grampo ou que tenha investigado os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre (DEM).
Ele alega que o "foco da denúncia" eram as doações da Petrópolis ao Brasil, enquanto a Odebrecht pagava à empresa no exterior. Em entrevista ao O Globo, ele explica que a lista acessada era pública e reiterou que a "simples menção a pessoas com foro não determina a remessa do caso para os tribunais superiores".
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