Política

Contaminado, Bolsonaro defende cloroquina e minimiza efeitos da Covid-19 em jovens: "Não precisa entrar em pânico"

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Sem cumprir a recomendação de isolamento, o presidente chegou a se afastar dos repórteres e tirar a máscara para mostrar o seu rosto e dizer que estava "bem"  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 07/07/2020, às 12h51   Luiz Felipe Fernandez


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Em comunicado à TV Brasil nesta terça-feira (7) no Palácio da Alvorada, após confirmar o diagnóstico positivo para Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a hidroxicloroquina e admitiu que já iniciou o tratamento junto com azitromicina. 

Sem cumprir a recomendação de isolamento para aqueles que são contaminados com a doença, o presidente chegou a se afastar dos repórteres e tirar a máscara para mostrar o seu rosto e dizer que estava "bem".

O discurso do presidente não foi diferente do que vinha sendo dito nos últimos meses. Novamente Bolsonaro minimizou os efeitos do novo coronavírus em "jovens" e garantiu: "Não precisa entrar em pânico, a vida continua".

"O cuidado mais importante com entes queridos, idoso, o geral é tomar cuidado mas não precisa entrar em pânico, a vida continua. Todo mundo está em grande parte preocupado com fim da vida laborial [sic], caso contrário a economia pode nos colocar em uma situação bastante complexa", declarou o capitão, que alertou para o risco do aumento de suicídios caso haja um colapso econômico.

Segundo Bolsonaro, a chance de uma pessoa sem comorbidades pré-existentes e jovens de morrer "é praticamente zero", apesar de não citar fontes que comprovem este dado.

Também sem embasar a fala em comprovações científicas, o presidente afirmou que a hidroxicloroquina tem uma taxa de "quase 100%" de sucesso com pacientes ainda em estágio inicial da doença.

Sobre as críticas de veículos internacionais à omissão do Governo Federal, Bolsonaro jogou na conta de prefeitos e governadores, que após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) tiveram autonomia para decidir sobre normas de distanciamento social. 

Para o presidente, a possibilidade de defenir diretrizes para enfrentar a pandemia "passou a ser privativa" de governadores e prefeitos e, o sucesso ou fracasso delas, não é de sua responsabilidade.

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