Política

Bolsonaro tem sido visto com conciliador de brigas familiares e política local, diz coluna

Carolina Antunes/PR
Apoiadores deixam de lado ações do governo e procuraram presidente para resolver questões menores   |   Bnews - Divulgação Carolina Antunes/PR

Publicado em 23/07/2020, às 09h06   Redação Bnews



Cada vez mais isolado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido visto pelos seus apoiadores com um homem de obrigações menores do que de um presidente. De acordo com a coluna do Bruno Boghossian, da Folha de S. Paulo, os eleitores que costumam se amontoar no cercado do Palácio do Planalto têm recorrido a ele para tratar de assuntos pessoais e da política municipal.

Ainda segundo a coluna, quando Bolsonaro faz propaganda do governo, como a aprovação de novos recursos para a educação, pouco é ouvido. Nesta quarta (22), por exemplo, uma mulher pediu ajuda para reabrir uma lotérica. O presidente, por sua vez, argumentou que já havia editado um decreto que garantia o funcionamento desses estabelecimentos em todo o Brasil. A apoiadora explicou que era uma disputa com seu ex-marido.

“Me desculpa, mas eu não tenho como resolver isso aí. Eu tenho acesso dentro da Caixa, mas eu não posso encaminhar para eles um caso particular (...) Minha senhora, eu não posso entrar numa pendenga particular.”, reagiu o presidente.

Ele, que mesmo infectado pelo novo coronavírus, não perdeu o costume de passear pelo Alvorada, interrompeu alguns apoiadores e se recusou a gravar mensagens de apoio. “Se eu mandar um abraço, todo mundo vai pedir, e eu vou virar o Silvio Santos aqui”, disse.

Em outro episódio, lembrou a coluna, um apoiador pediu ajuda para resolver um impasse no PSL de Miranda (MS), cidade de 28 mil habitantes, o presidente respondeu que não se envolveria na política municipal. “Nós temos problema de desemprego no Brasil, cresceu a violência”, justificou. 

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