Política

Ministro das Comunicações diz que é precipitado votar projeto das fake news sem ampliar debate

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"Fazer um projeto em relação a isso, com muito desconhecimento da área, é muito perigoso", defendeu Fábio Faria  |   Bnews - Divulgação Reprodução/SBT

Publicado em 27/07/2020, às 11h40   Redação BNews


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O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que considera precipitada a votação do projeto de lei da Fake News sem que haja um amplo debate sobre o assunto.

Genro do dono do SBT, Sílvio Santos, Faria foi o entrevistado do programa da emissora, Poder em Foco, neste domingo (26). O ministro pediu que os parlamentares ouçam não só a sociedade, mas também empresas do segmento digital, diretamente impactadas com o projeto de lei.

“Fazer um projeto em relação a isso, com muito desconhecimento da área, é muito perigoso. Ele tem que ser mais aprofundado. Se eu fosse sugerir, diria: recolham um pouquinho o trem de pouso, se aprofundem no tema, ampliem o debate. Chamem a  sociedade, o governo, o ministério público, os veículos. Escutem o google, o facebook”, declarou.

O projeto foi aprovado no Senado após discordâncias em relação ao texto e agora aguarda a decisão da Câmara.

Apontado como um dos responsáveis por intermediar a relação conturbada do presidente Jair Bolsonaro com a imprensa, Faria diz que nos últimos tempos os ânimos têm se "acalmado". Segundo ele, parte dos veículos foram culpados por "extrapolarem" os "limites", mas que o entendimento tem sido benéfico ao país.

“Acho que todos extrapolaram os seus limites. Alguns poderes, veículos também. Nós vimos alguns episódios, inclusive mais recentes, desejando a morte do presidente, chamando ele de assassino, enfim. Agora, a comunicação era muito de guerra, de briga, de revidar de um lado e do outro. E isso estava ruim pros dois lados. Pelo que estou vendo, acompanhando nesses últimos 40 dias, isso tem se acalmado também. Acho que todo mundo traçou sua linha de corte: ‘olha, ninguém vai ultrapassar essa linha aqui. Isso tem sido bom pro país”, concluiu.

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