Política

ACM Neto nega movimento eleitoral em rompimento do DEM e MDB com bloco do Centrão

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Presidente nacional da sigla diz que objetivo foi de dar "maior liberdade regimental" à bancada no Congresso  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 30/07/2020, às 12h48   Luiz Felipe Fernandez



Visto nos últimos dias como um aceno a uma possível formação de chapa para 2022, o rompimento do DEM e do MDB com o Centrão, de acordo com o prefeito de Salvador e presidente nacional dos Democrata, ACM Neto, não tem nenhum viés eleitoral.

O anúncio dos dois partidos de que deixariam o bloco foi encarado nos bastidores como uma tentativa de enfraquecer a articulação de Arthur Lira (PP), que mantém relação próxima ao presidente Jair Bolsonaro, para disputar a presidência da Câmara dos Deputados.

Segundo Neto, o objetivo de rompimento com o grupo conhecido como Centrão, foi para "dar maior liberdade regimental" à bancada no Congresso. 

"Não há nenhum tipo de sinalização que vá para além dos corredores do Congressso, tem muita gente especulando que é contra o governo, é a favor de fulano, contra beltrano, mas nada a ver", garante.

O líder do partido também voltou a pedir que que seja incluído "fora" da lista de partidos que fazem parte do chamado "Centrão". Ele destaca que, em 10 anos de atividade parlamentar, sempre foi oposição ao então governo Lula e Dilma, diferente de outras siglas que, segundo ele, sempre buscaram se acomodar.

"Não fazemos parte do Centrão. Existem partidos que foram do governo com FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro, e vão ser amanhã com qualquer presidente que aceite que eles sejam governo", destacou.

O Democratas, de acordo com o prefeito, também se recusa a entrar na negociata de cargos em troca de apoio ao presidente da República. "Se outros fazem, que responda por isso", sintetizou. 

Além da disputa pela sucessão de Rodrigo Maia (DEM) na Câmara dos Deputados, uma possível composição para uma chapa presidencial em 2022, encabeçada pelo governador de São Paulo, João Dória, é vista como possível motivo do rompimento dos partidos com o bloco formado por PL, PP, PSD, Solidariedade, PTB, PROS e Avante.

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