O secretário estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), Carlos Brasileiros já afirmou que por vontade própria não deixa a pasta, mas admite que a pressão interna no partido é grande e pode ser que dispute a sucessão municipal de Senhor do Bonfim. A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, nega, mas os rumores de que vai assumir a pasta estratégia crescem à medida que as eleições de outubro se aproximam.
Nesta segunda-feira (16), o assunto voltou à pauta. Uma fonte do Bocão News afirmou que as costuras estão sendo feitas no núcleo do governo Jaques Wagner. Na ponta da articulação estariam o secretário de Relações Institucionais (Serin), Cézar Lisboa e o novo chefe da Casa Civil, Rui Costa.
A prefeita Moema, de acordo com uma fonte do Bocão News, deixaria o comando da administração municipal entre o final de fevereiro e o início do março para assumir a cobiçada pasta da gestão estadual. Em Lauro de Freitas, o vice-prefeito, João Oliveira (PT), candidato preferido de Moema para disputar a sucessão ficaria à frente da gestão aumentando sua visibilidade e força.
Até o momento, tudo está no campo das especulações. O que se sabe é que dentro da enorme base de sustentação de Moema Gramacho, segundo ela mesma, apenas o nome de Chico Franco (PCdoB) está posto como pretenso candidato. No mais, os outros 19 partidos devem seguir a sugestão da atual gestora.
No âmbito do governo estadual, a chegada de Moema pode servir para dirimir uma eventual crise que se instale a partir das disputas entre as correntes internas do PT para assumir o comando da Sedes. A prefeita de Lauro de Freitas é nome forte do partido e, em tese, integra uma ala petista que se declara independente. Tal como o próprio Jaques Wagner.
Brasileiro atual gestor também faz parte desta mesma corrente, mas é nome, de acordo com outros petistas, ligado a Rui Costa, que é da tendência Reencantar. O grupo quer continuar à frente da Sedes, mas tem de lidar com outra corrente forte dentro do partido que é a Esquerda Popular e Socialista (EPS) – antiga Articulação de Esquerda (AE) – comanda pelo deputado federal Valmir Assunção e pelo deputado estadual Marcelino Galo.
Assunção foi o primeiro secretário da Sedes no início da gestão Wagner e se elegeu deputado federal com expressivos 133 mil votos. Daí, a importância da secretaria. A Sedes é responsável pela organização, identificação e distribuição de recursos dos mais diversos programas sociais dos governos federal e estadual.
Caso Moema desembarque na gestão estadual, ela será o segundo quadro petista cotado para a sucessão de Wagner a entrar no governo neste ano. Rui Costa foi o primeiro. Outras informações dão conta de que o atual presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, também deve entrar. De fora, dos cinco principais nomes ventilados, ficarão, Walter Pinheiro, que é senador, e o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, que, até o momento, não teve o nome envolvido em nenhuma especulação.
A reportagem do
Bocão News tentou contato telefônico com Moema Gramacho, mas não foi atendida. A assessoria da prefeita afirmou que a informação já foi negada. Contudo, nos bastidores o assunto vem ganhando força e pode se concretizar.
Em entrevista anterior a este site, Moema revelou que no próximo dia 5 o pré-candidato do PT em Lauro de Freitas deve ser anunciado. De acordo com ela, a tendência é que João Oliveira seja confirmado. Na mesma oportunidade, Moema disse que a única certeza que tem é que depois de cumprir o mandato vai se apresentar novamente à antiga Tibrás, atual Cristal. Fábrica onde iniciou as atividades políticas como sindicalista.
Foto: Roberto Viana // Bocão News
Matéria publicada às 17h do dia 16
