Política

Procuradores dizem que estado do Paraná não teria estrutura para absorver processos da Lava Jato

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O procurador-geral Augusto Aras decidirá sobre prorrogação da força-tarefa de Curitiba até o próximo dia 9 de setembro  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Lula Marques

Publicado em 29/08/2020, às 08h57   Redação BNews


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Os procuradores federais do Paraná afirmam que o Estado não teria estrutura suficiente para absorver os processos da Lava Jato caso a PGR decida encerrar a força-tarefa da operação. O procurador-geral da República Augusto Aras decidirá sobre a prorrogação da força-tarefa de Curitiba até o próximo dia 9 de setembro.

De acordo com informações da coluna Estadão, do jornal Estado de São Paulo, 20 procuradores de ofícios, coordenadores na região, subscreveram um documento alertando para o fato no último dia 13 de agosto. O procurador Deltan Dallagnol, responsável por coordenar a Operação Lava Jato, não assina o material.

“Essa forma de atuação produziu e produz volume de trabalho de impossível absorção pela unidade de origem em sua estrutura tradicional”, diz trecho do documento.  Segundo esses procuradores, em 30 de julho, toda a Procuradoria do Paraná tem 1.006 processos extrajudiciais ativos, e apenas a Lava Jato tem 538. 

Além disso, os 14 procuradores, sete exclusivos, mais 33 servidores representam 57% dos quadros da instituição no Paraná. O ofício é endereçado à subprocuradora Luiza Frischeisen, do Conselho Superior do MPF serve como argumento a favor da Lava Jato. 

Frischeisen e mais sete membros do colegiado assinaram ofício encaminhado a Aras defendendo a prorrogação das forças-tarefa, sem citar a de Curitiba. Também segundo a coluna, a estratégia dos conselheiros é chamar a discussão para o colegiado, impedindo que o poder de decidir o futuro da Lava Jato fique controlado nas mãos de Aras.

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