O PMDB nem quer ouvir falar em aumento da carga tributária da população de Salvador e já bateu pé firme: se o prefeito João Henrique optar por uma nova reforma tributária que aumente impostos, vai esbarrar na resistência do partido. O aviso é do presidente do PMDB, deputado eleito Lúcio Vieira Lima.
Para ele, a população não pode pagar a conta de uma gestão mal planejada e que não tem, em serviços, a contrapartida. “Ainda não orientamos a bancada porque a proposta não é concreta, mas o PMDB já se posiciona contrário a qualquer elevação da carga tributária de Salvador”, diz Lúcio Vieira Lima.
O presidente do PMDB entende que o prefeito fez uma reforma tributária no início da sua gestão e agora não pode agora querer resolver o problema financeiro do município aumentando os impostos. “Não dá para aceitar que a população pague a conta do custeio da máquina administrativa”.
Lúcio lembra que até o momento o prefeito de Salvador João Henrique não se manifestou a respeito do assunto. Apenas o secretário da Fazenda levantou a necessidade de uma nova reforma, reclamando que a anterior não conseguiu reduzir as despesas como se esperava e que teria sido equivocada. Para Lúcio, se houve má avaliação ou falta planejamento a culpa não é da população e não é justo que ela seja penalizada.
Para equilibrar as contas municipais Lúcio sugere a adoção de algumas medidas capazes de enxugar as despesas, como maior gerenciamento da administração, redução do custeio e das contratações de terceirizadas. E avisa: o PMDB é contra a reforma e vai fazer todo o possível para que ela, caso seja proposta pelo prefeito, não seja aprovada.
