Política

Rui quer frente ampla em 2022 para evitar "agonia": "Quem for pro 2° turno assume o compromisso"

Dinaldo Silva/BNews
Na leitura do governador, é comum durante as eleições a tentativa de compor alianças de última hora: "Um viaja para Europa, o outro não sei para onde"  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 02/09/2020, às 11h06   Nilson Marinho e Luiz Felipe Fernandez


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O governador Rui Costa (PT) voltou a defender a formação de uma aliança com diferentes partidos para derrotar o presidente Jair Bolsonaro em 2022. Em coletiva nesta quarta-feira (3), durante a inauguração da emergência pediátrica em Pirajá, o petista diz que um plano bem elaborado no próximo ano, pode evitar a "agonia" em um eventual segundo turno.

O caminho para esta mudança, segundo o governador, seria que todos assumissem o "compromisso" com "pilares" fundamentais: o respeito total à democracia, ao trabalho da imprensa e com a redução da desigualdade social. 

"Se não afunilar para uma, vamos ter duas, três, quatro candidaturas. Mas o que for para o segundo turno, assume o compromisso", argumenta.

Sem citar nomes, Rui disse que é comum durante as eleições a tentativa de composição entre os postulantes, mas fica difícil a articulação em tão pouco tempo. 

"Entre o primeiro e segundo turno são 15 a 20 dias. Um viaja para a Europa, o outro não sei pra onde e acaba o país afundando mais 4 anos neste fracasso", declarou, em provável referência ao candidato do PDT em 2018, Ciro Gomes, que após a derrota no 1° turno não se mobilizou para apoiar Fernando Haddad e viajou para fora do país.

Sobre a possibilidade do PT não apresentar um nome à disputa, como foi citado pelo ex-presidente Lula em entrevista recente, Rui diz que é necessário que o partido admita apoiar um nome de outra legenda. "Se você quer apoio, tem que admitir apoiar outras pessoas", pondera. 

Contudo, ressalta o petista, é preciso que não se fuja dos "princípios" que deverão ser fixados em 2021 e apresentados à população.

"Acho que Lula foi inteligente, como sempre, ao dar essa entrevista [...] não necessariamente teremos esse leque amplo no primeiro turno, natural que posições diferentes queiram ter um candidato, mas não podemos abrir mão de, previamente ao longo de 2021, fixar valores e princípios para anunciar à sociedade, que está ansiosa para ver um projeto sustentável e duradouro para o Brasil", apontou.

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