Política

Carlos Bolsonaro não declarou bens guardados em cofre particular, diz jornal

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Os valores guardados no cofre não foram declarados à Justiça Eleitoral  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 05/09/2020, às 17h08   Redação Bnews


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Extratos bancários indicam que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) manteve entre 2007 a 2009 um cofre particular para guardar bens no Banco do Brasil. A informação é do jornal Folha de S. Paulo. Outros documentos também comprovam que um ex-assessor dele sacou mensalmente durante dois anos todo o dinheiro que recebeu quando era servidor na Câmara do Rio, o que levanta a suspeita de repasse do dinheiro, ou a popular “rachadinha”.

Ainda segundo a reportagem, os valores guardados no cofre não foram declarados à Justiça Eleitoral quando Carlos se candidatou à reeleição na Câmara Municipal do Rio, em 2008. De acordo com as regras do banco da época, os cofres particulares eram destinados à guarda de papéis, moedas, documentos ou joias.

Os extratos bancários foram entregues à Justiça de São Paulo pelo próprio vereador num processo em que pede indenização por prejuízos causados por uma corretora em investimentos na Bolsa de Valores. 

Os documentos não indicam quais eram os bens guardados no cofre nem sua avaliação, o que é irregular, já que todos locatários são obrigados a declarar o valor do que é mantido no local de acordo com o termo de adesão.

O jornal também revelou que, no período em que mantinha um cofre, Carlos tinha como único rendimento o salário como vereador, cuja remuneração variou entre R$ 5.500 e R$ 7.000 (ou R$ 11 mil e R$ 13 mil, em valores atualizados). À Justiça Eleitoral em 2008 ele declarou ter um patrimônio de R$ 260 mil, composto por um apartamento e um carro. Não foi informado, contudo, sobre seus investimentos na Bolsa nem sobre os bens eventualmente guardados no banco. Também não descreveu seu saldo em conta, que variou entre R$ 1.300 e R$ 32 mil no ano do pleito.

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