Política

Nilo pode morrer na praia

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Deputados do PT resistem a manutenção do presidente da Assembleia  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/11/2010, às 16h41   Daniel Pinto


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Como foi antecipado por este site, o governador Jaques Wagner teve encontro na manhã desta quinta (11) com a bancada estadual do PT para discutir a sucessão na Assembleia Legislativa (AL-BA). Em conversa com a reportagem do Bocão News, o deputado Yulo Oiticica negou que o governador tenha tentado impor o nome de Marcelo Nilo (PDT) como candidato da situação. “Nada disso. O governador está muito tranquilo e não vai se envolver em questões do Legislativo. A vontade é que um candidato da base assuma o cargo. Mas, não há nenhuma preferência”, disse.

Entretanto, Yulo alertou que é muito cedo para tratar do assunto, ainda mais que existem 30 projetos aguardando apreciação, a exemplo do que trata da privatização dos cartórios e o veto de extinção do Ipraj. “Temos que priorizar os trabalhos para fechar o ano. Não vamos colocar o pé no acelerador. É aquela história da corrida de 100 metros: quem dá uma largada muito forte acaba perdendo o fôlego no final. Não podemos transformar esse processo num balcão de negócios”, disparou numa indireta clara ao atual chefe do Legislativo.

Outro petista que também esteve na reunião foi o deputado Zé Neto. Ele reafirmou que o governador não quer transformar a sucessão na AL-BA “num cavalo de batalha”. “O pedido é para que o diálogo seja mantido e que se estabeleça uma candidatura de consenso dentro da própria base. Mas, todos sabem que isso tudo é muito prematuro. É uma impaciência, um estresse desnecessário. A Assembleia tem que trabalhar para recuperar o tempo perdido”, observou.

Neto ainda fez uma observação bem específica sobre a era Marcalo Nilo: “foi um bom presidente e cumpriu o seu papel. Mas, nada disso o credencia para ser unanimidade. Temos que refletir e fazer um balanço do que foi positivo e negativo. Na verdade, além disso, acho que tem que acabar com esse negócio de reeleição e de voto secreto”.

O deputado J. Carlos, do PT, reiterou que o governador Jaques Wagner não tem preferência na disputa pela presidência da AL-BA, embora todas as sinalizações apontem que o Palácio de Ondina prefere a manutenção do status quo. “A base é composta por 43 ou 45 membros. Ficou claro na reunião que o entendimento é para que se encontre um nome dentro deste universo. Portanto, todos os eleitos estão aptos a pleitear o cargo. Creio que o mais importante é o consenso. Geralmente, em todas as Casas Legislativas o partido que faz a maioria indica o presidente. Mas, infelizmente, aqui não é assim”.

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