Política

Mourão sai em defesa de coronel condenado por tortura na ditadura: "Homem de honra"

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Morto em 2015 aos 83 anos, Brilhante Ustra é apontado por diferentes vítimas  do regime autoritário como autor de perseguições, mortes e métodos de tortura aterrorizantes  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 09/10/2020, às 16h32   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O vice-presidente e general Hamilton Mourão (PRTB) saiu em defesa do coronel condenado na Ditadura Militar no Brasil por tortura, Brilhane Ustra, em entrevista ao jornal alemão Deutsche Welle.

Segundo Mourão, Ustra era um "homem de honra" e que "respeitava os direitos humanos dos seus subordinados".

Morto em 2015 aos 83 anos, Brilhante Ustra é apontado por diferentes vítimas  do regime autoritário como autor de perseguições, mortes e métodos de tortura aterrorizantes. 

O militar foi homenageado pelo próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, quando era deputado federal, durante o seu voto a favor do impeachment de Dilma Roussef (PT), em 2016.

"O que posso dizer sobre o homem Carlos Alberto Brilhante Ustra, ele foi meu comandante no final dos anos 70 do século passado, e era um homem de honra e um homem que respeitava os direitos humanos de seus subordinados. Então, muitas das coisas que as pessoas falam dele, eu posso te contar, porque eu tinha uma amizade muito próxima com esse homem, isso não é verdade", declarou o vice-presidente.

De acordo com o general, não houve somente coisas ruins na ditadura, como também houve "coisas boas" realizadas pelos militares. Ele alegou que aqueles que sobreviveram, contam a história de acordo com a sua perspectiva, e é preciso aguardar que estes "desapareçam" para que a história "faça a sua parte".

"Ainda estamos há cerca de 50 anos desse período. Precisamos de mais 50 anos para que esse período seja bem avaliado", refletiu. As informações são do O Globo.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp