Depois de acusar presidente do BC de vazar conversas, Maia recua e reitera confiança em Campos Neto

Uma hora depois de acusar o presidente do Banco Central, Roberto Campos, de vazar uma conversa entre os dois à imprensa, o presidente da Câmara voltou atrás. Ele reiterou a sua confiança em Campos Neto e declarou que o vazamento "certamente foi provocado por terceiros".

Antes de receber a ligação do presidente do BC para esclarecer a confusão, Maia tinha dito que Campos Neto não estava à altura do cargo que ocupava.

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Segundo informações do Estadão, Campos Neto procurou Maia na última quarta-feira para discutir possíveis impasses políticos que estavam atrapalhando a agenda econômica.

É o caso da demora em definir a presidência da Comissão Mista de Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), que fez com que os partidos do maior bloco da Casa, liderado por Arthur Lira (PP), decidir não votar a pauta do plenário em protesto.

Maia, que já tinha divergido publicamente de Lira, reclamou da obstrução feita pela base governista, que impede a discussão de projetos importantes para o país.

"Se o governo não tem interesse nas medidas provisórias, eu não tenho o que fazer. Eu pauto, a base obstrui, eu cancelo a sessão. Infelizmente é assim. Eu espero que quando nós tivermos que votar a PEC emergencial, a reforma tributária, que o governo tenha mais interesse e a própria base tire a obstrução da pauta da Câmara", disse o presidente da Câmara na ocasião.