Política

Sem citar Bolsonaro, presidente do TSE diz que voto impresso é "retrocesso" e que no Brasil não há fraudes

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Barroso revela que o TSE trabalha em um projeto para possibilitar “eleições digitais”  |   Bnews - Divulgação Roberto Jayme/ASCOM/TSE

Publicado em 07/11/2020, às 16h47   Redação BNews


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Luís Roberto Barroso, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), classificou como um "retrocesso"  um eventual retorno do Brasil ao sistema de voto impresso.

“As urnas eletrônicas são confiáveis. O problema delas é o custo”, afirmou disse. “Retornar ao voto impresso é 1 retrocesso, é como comprar 1 videocassete”, afirmou Barroso durante participação no Fórum Liberdade e Democracia, em Vitória (ES), acompanhada pelo site Poder 360.

Em live realizada na última quinta-feira, (5), o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) defendeu o retorno do voto impresso como garantia da lisura do processo eleitoral no Brasil. O chefe do Executivo federal afirmou que vai apresentar ao Congresso Nacional proposta para a volta do voto impresso a partir das eleições de 2022, como forma do país ter "um sistema eleitoral confiável".

O presidente do TSE não citou o nome do presidente, mas afirmou que o Brasil superou a época de fraudes em apurações de votos. O ministro observou, como convidado, que o processo eleitoral dos Estados Unidos, onde o voto é impresso e que serve de inspiração de Bolsonaro. Barroso não quis comparar os dois sistemas: “Não tenho a pretensão de ter algo a ensinar”.

Segundo Barroso, o TSE trabalha em um projeto para possibilitar “eleições digitais” e, assim, reduzir os custos de cada eleição: “de preferência, utilizando o dispositivo móvel de cada um. Estamos estudando”.

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