Política

"Acredito na renovação dos quadros políticos. Isso é gradativo", diz Carlos Francisco Portinho

Tomaz Silva/ Agência Brasil
Senador pelo Estado do Rio de Janeiro é entrevistado pelo apresentador José Eduardo no Jornal da Cidade 2ª Edição desta quinta (19)  |   Bnews - Divulgação Tomaz Silva/ Agência Brasil

Publicado em 19/11/2020, às 19h50   Redação BNews


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O senador pelo Estado do Rio de Janeiro, Carlos Francisco Portinho (PSD) avalia que o resultado das eleições do último dia mostra que houve uma guinada de setores a partir das eleições das últimas eleições municipais.

Em entrevista ao apresentador José Eduardo no Jornal da Cidade 2ª Edição, da rádio Metrópole, da noite desta quinta-feira (19), o senador disse que, embora seja cedo para prever o cenário eleitoral em 2022, é possível pensar em novidades, pois acredita que o País passará por um processo de renovação. "Acredito na renovação dos quadros políticos. Isso é gradativo", ponderou.

Portinho foi empossado como senador na último dia 3 de novembro. Ele assumiu a vaga deixada por Arolde de Oliveira (PSD), que faleceu em outubro, aos 83, após complicações da Covid-19. Ele era suplente do parlamentar, que era um dos aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Rio de Janeiro.

Advogado de 47 anos, com experiência na Justiça desportiva, Portinho, tem seis anos de mandato pela frente. Ele acrescenta que por pouco mais de uma década o Brasil verificou uma política de extremos, fruto de um amadurecimento político. Questionado sobre a relação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com outros poderes, o senador avaliou que o poder Executivo cometeu falhas de comunicação com Legislativo e Judiciário no passado que produziram momentos de "desarmonia maior".

Contudo, ponderou que tem vivenciado momentos mais harmônicos nas últimas três semanas que tem atuado no parlamento. Ele afirmou que nas últimas semanas, temas importantes como a autonomia do Banco Central e a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e Desoneração da folha, entre outros. "Fora o "mimimi", se a gente olhar, aqui no Congresso, vem sendo votado projetos importantes - não só referentes a Covid-19", opinou.

O senador também criticou decisão da 2ª Vara da Justiça Federal do Amapá que determinou o afastamento da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) por causa do apagão que atinge o estado há pouco menos de 20 dias. Para Portinho, a medida praticamente "amputou" a Aneel.

"Deixar o órgão acéfalo é a pior decisão", avalia. O parlamentar, que também acumula experiências como secretário municipal de Habitação da capital fluminense e secretário estadual de Meio Ambiente - nos governos Eduardo Paes e Luiz Fernando Pezão, respectivamente - avaliou a política do Rio. A capital fluminense viverá um segundo turno no próximo dia 29 entre Paes e o atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).

Para ele, o povo do Rio elegeu uma sucessão de governos “equivocados” que executaram um projeto de corrupção através de um discurso de "salvadores da pátria". "Uma pessoa sozinha não vai salvar o Estado, muito menos o país", opinou. Questionado sobre quem apoiará no segundo turno ele avaliou que o governo do democrata foi “infinitamente melhor" que o atual.

O parlamentar conta que votou em Bolsonaro em 2018, e opinou que o presidente está cercado de “grandes ministros que tem ajudado o país em um momento de crise sanitária aguda”. Ele diz que apesar de “algumas críticas pontuais”, o governo tem respondido bem aos desafios que a pandemia impõem no campo econômico.

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