Política

João Campos investe no antipetismo para vencer segundo turno no Recife

Marcos Oliveira / Agência Senado
A ofensiva do PSB já iniciada é pesada e, segundo fontes da própria sigla, bastante arriscada.  |   Bnews - Divulgação Marcos Oliveira / Agência Senado

Publicado em 22/11/2020, às 12h55   Redação BNews


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Após aparecer em desvantagem na largada do segundo turno para prefeito do Recife, o deputado federal João Campos (PSB) mudou o tom pacifico, que havia prometido oferecer uma proposta a cada agressão sofrida, e partiu para o ataque adotando um discurso antipetista.

A tática de atacar o PT é considerada pelo PSB um caminho para vencer a também deputada federal Marília Arraes (PT), neta do ex-governador de Pernambuco e prima de João Campos. A ofensiva é pesada e, segundo fontes da própria sigla, bastante arriscada.

Nas palavras recentes de João Campos, O PT não pode falar em corrupção porque sequer é possível contar nos dedos das mãos a quantidade de pessoas do partido que foram presas por desvios. Nas primeiras inserções publicitárias do segundo turno na televisão, a propaganda de João Campos diz que o PT nacional já está de malas prontas porque sonha em mandar no Recife.

“Você lembra quem faz parte do PT nacional? José Dirceu, Gleisi Hoffman, Mercadante. Pense antes de votar. Eles querem voltar”, diz a propaganda, que mostra um avião decolando em direção à capital pernambucana.

​“É de causar estranheza uma candidata do PT falar em corrupção”, disse João Campos durante um dos debates. No discurso após o resultado do primeiro turno, falou que o Recife sabe o que as “arengas do PT” causaram à cidade.

O PSB integrou o primeiro escalão das três últimas gestões petistas no Recife, de 2001 a 2012. Ocupou a vice do petista João da Costa, que saiu muito mal avaliado, entre 2009 e 2012.

Em 2018, João Campos esteve, já no primeiro turno, com o petista Fernando Haddad na disputa presidencial e, consequentemente, na campanha Lula Livre.

Quando esteve em Pernambuco, em novembro de 2019, logo após ser solto, Lula participou de almoço com João Campos, Renata Campos, que é sua mãe, e Geraldo Julio, com direito a fotos.

Em 2018, a partir de Pernambuco, foi costurada uma aliança entre PT e PSB para que Marília Arraes não disputasse o governo contra Paulo Câmara. Obedecendo ordens de Lula, Marília foi retirada da disputa em troca do não apoio do PSB nacional a Ciro Gomes (PDT) na disputa presidencial. O pedetista, inclusive, estará no Recife neste domingo (22) para participar de ato de campanha em apoio a Campos.

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