João Henrique não vai participar da abertura das atividades da Cãmara Municipal de Salvador em 2012. Com isso, o prefeito desrespeita a Lei Orgânica do Município e quebra a tradição da Casa. A equipe do Bocão News já teve acesso à informação oficial através da assessoria da prefeitura que a ausência de João Henrique se deve à visita que ele está fazendo à empresa CBTU - Companhia Brasileira de Trens Urbanos. Esta, por sua vez, segundo a assessoria, serviu para assinar um termo de cooperação que garante o funcionamento do metrô de Salvador.
Novamente, o vice-prefeito Edvaldo Brito irá assumir o cargo. Em momentos importantes e em meio a discussões relevantes para a população, João Henrique está ausente. A última falta dele foi na assinatura do convênio de cooperação entre Governo e Prefeitura, quando Edvaldo Brito também o representou, já que, ele estava na Espanha.
Não fugindo à regra e 'fugindo da raia', em 2011 João Henrique se enclausurou em sua sala na Câmara e de lá só saiu após os términos das manifestações que se implodiam contra ele.
Hoje, estão entre as pautas a prestação de contas referentes ao exercício 2010 da Prefeitura, rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), já chegaram ao parlamento e estão em análise na Comissão de Orçamento da Casa. Vale lembrar, se passar de 30 dias sem apreciação em plenário, o documento trancará a pauta de votação.
Com a ausência de João Henrique, Edvado Brito terá que arcar com os 'pepinos' do prefeito e terá que convencer 28 (2/3) vereadores a mudarem o parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que rejeitaram os números da gestão em 2010.
Há quem diga que alguns parlamentares já o aguardavam com uma lista de pedidos. Sendo assim, os membros da base aliada de sustentação na Câmara Municipal se reuniram ontem com João Henrique em um clima disfarçado de confraternização.
O prefeito prometeu aos 25 vereadores presentes - faltaram 3 - um discurso “duro e incisivo” na abertura dos trabalhos. No entanto, espera-se que venha com prudência, já que precisa “jogar o jogo” dos edis que agora têm a caneta nas mãos para torná-lo inelegível em caso de manutenção do parecer do TCM.
Caso os vereadores aprovem as contas do prefeito verão seus nomes publicados em diversos veículos de comunicação e abrirão margem para que seus adversários utilizem este fato para tirar votos. Caso desaprovem, o prefeito tem um ano pela frente para aceitar ou não os pedidos de intervenções em prol dos cidadãos de Salvador.