Política

Gabrielli confirma disposição para assumir secretaria estadual

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Presidente ressalta que vazamento em Santos está controlado   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/02/2012, às 19h27   Luiz Fernando Lima



O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, tranquilizou os moradores da região da Bacia de Santos onde ocorreu o vazamento de petróleo nesta semana. De acordo com ele, todo o poço está selado e não há nenhum risco de perda de controle.

“O que se perdeu de volume foi o que estava dentro da tubulação, nem foi todo porque tem a própria pressão da água”. Gabrielli avaliou como ponto positivo neste acidente o funcionamento dos mecanismos de controle e contenção.

Na manhã desta quarta-feira (1º), técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fizeram um sobrevoo na Bacia de Santos, litoral de São Paulo. A plataforma está a cerca de 250 km de Ilhabela.

Gabrielli foi incisivo ao negar a possibilidade do petróleo chegar à costa santista. Sobre a contenção, o presidente afirmou que são 160 barris vazados. “Evidentemente que tudo está sendo contido e os efeitos serão os menores possíveis”.

A assessoria de comunicação do Ibama ainda não divulgou a nota sobre a visitação. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) confirmou a informação de que não a risco do óleo chegar à praia.
Gabrielli concedeu entrevista coletiva à imprensa após a participação no evento de premiação do concurso de ideias inovadores promovido pela secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) nesta quarta no hotel Pestana, no Rio Vermelho.

Saída

O baiano está de saída da estatal. O conselho de administração da companhia se reúne no próximo dia 9 e na segunda-feira seguinte (13), Gabrielli passa o bastão à Graça Foster. Ele foi o presidente que mais tempo permaneceu no cargo.

Questionado sobre o momento da saída, Gabrielli fez questão de enaltecer a equipe de trabalho. “A Petrobras tem uma equipe que joga tão bem, de profissionais tão competentes, que deixa uma marca indelével em quem passa por lá. Nunca antes na história da Petrobras houve um presidente tão longevo quanto eu”, brincou, parafraseando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Gabrielli aproveitou a deixa para apresentar suas realizações nestes nove anos de estatal, dois como diretor financeiro e os sete como presidente. “Nós fizemos uma mudança na gestão da Petrobras. Saímos de uma empresa muito focada no resultado de cada seguimento da indústria para a compreensão de que mais importante é a integração dos sistemas da companhia”.

O presidente enumerou ainda outros resultados alcançados na sua gestão. “Nós intensificamos a renovação da força de trabalho, que já havia sido iniciada antes de nós, mas nós aceleramos e, ao mesmo, tempo melhoramos a relação de trabalho com uma política de negociação permanente com a força de trabalho da companhia”.

A rede de pesquisa externa à Petrobras também foi destacada, além dos avanços no Pré-Sal. “Foram quase sete anos como presidente, está na hora de mudar”. Gabrielli.

O baiano apoiou a substituta proposta pela presidente Dilma Rousseff. “Graça Foster está na diretoria da Petrobras a mais de quatro anos. Ela é parte desta equipe. Não acredito que haja mudanças substantivas na estratégia da companhia, nas prioridades ou na relação da Petrobras com a sociedade. Ela é uma profissional de mais de 30 anos de companhia e ela vai acelerar este processo de consolidação do que já foi feito”.

Governo estadual

Gabrielli voltou a afirmar que vai jogar no time de Jaques Wagner (PT), mas que não sabe em qual posição. “Eu disse ao governador que sou um jogador que posso jogar em diferentes posições do time. Sou um homem de time. Eu tenho um perfil que posso trabalhar melhor nas áreas de desenvolvimento, projetos, arrecadação de recursos, modernização administrativa, reestruturação do estado, implementação da relação do estado com o mercado internacional”.

O quadro petista na refutou a possibilidade de disputar as eleições de 2014. “Seria uma honra para qualquer baiano ser governador da Bahia. Eu já fui candidato em 1990 e, portanto, não vejo nenhum problema em ser candidato. Só que eu não estou vindo para ser candidato, estou vindo para colaborar na equipe do governador Jaques Wagner. Se no futuro chegar a uma situação em que seja possível ser candidato é uma coisa a ser considerada no futuro”.

Foto: Roberto Viana // Bocão News

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