Política

Empresas fazem protesto em Brasília e Bolsonaro sinaliza medidas para liberar os Busers

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os manifestantes pediram a revogação do Decreto 2521  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 02/12/2020, às 11h30   Redação BNews


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Um grupo formado por motoristas e representantes de empresas de ônibus que fazem fretamento de viagens por meio de aplicativos, nos moldes da Uber, se reuniram nesta quarta-feira, (2), para protestar em Brasília. Cerca de 300 ônibus se enfileiraram na Esplanada dos Ministérios e um grupo de aproximadamente 1.000 manifestantes se espalhou por pontos da capital federal, segundo apurou o site Poder 360.


Os manifestantes reclamam principalmente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e denunciam que está ocorrendo há perseguição proposital aos operadores de transportes por aplicativo. Afirmam também que, mesmo com decisões judiciais que permitem as viagens, há impedimentos para a atividade.

O CEO da Buser, Marcelo Abritta, uma das principais empresas de fretamento por aplicativo, e um grupo de donos de empresas foram ao Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira, (2), e pretendiam falar com o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), que os recebeu em frente à residência oficial.

Os manifestantes pediram a revogação do Decreto 2521, que estabelece o chamado “circuito fechado”. É a obrigatoriedade de venda das passagens de ida e volta de uma mesma viagem para o mesmo grupo de passageiros. Bolsonaro sinalizou que deve acatar o pedido.

“A gente revoga talvez hoje ainda”, disse o presidente. O chefe do Executivo ligou no mesmo momento, enquanto estava com o grupo, por videoconferência para o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e prometeu aos manifestantes que estudaria a reivindicação durante a agenda do dia. Freitas está com covid-19.

“Ele [Bolsonaro] falou que, se não tiver nenhuma contradição legal, a gente pode resolver esse problema ainda hoje. Temos uma série de agenda com autoridades, com Rodrigo Maia e no ministério do Turismo. Às 14h, teremos uma reunião que o presidente determinou”, disse o CEO da Buser depois de se encontrar com o presidente ao Poder 360.

As empresas de fretamento de ônibus, com a Buser à frente, dizem enfrentar dificuldades impostas pela ANTT e apontam que grupos políticos defendem as empresas tradicionais de ônibus. Assim como ocorreu com a defesa dos táxis quando surgiu o Uber, alguns desses grupos querem proibir o serviço do aplicativo de ônibus. Há alguns projetos já em tramitação no Congresso para acabar com as startups que fazem a intermediação de aluguel de ônibus por meio de aplicativos. Essas plataformas hoje permitem o contato direto entre os fretadores de viagens de ônibus e os passageiros.

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