Política

Coronel nega novamente à PF acesso a documentos da CPMI das Fake News que comprometeriam Eduardo Bolsonaro

Marcos Oliveira/Agência Senado
Em outubro, o senador baiano já havia negado o acesso à PF por causa da falta de detalhamento no pedido. À época, Coronel definiu a solicitação como "genérica"  |   Bnews - Divulgação Marcos Oliveira/Agência Senado

Publicado em 16/12/2020, às 16h30   Pedro Vilas Boas


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O senador baiano Angelo Coronel (PSD) voltou a negar o acesso pela Polícia Federal (PF) a documentos da CPMI das Fake News - da qual é presidente - que ligariam o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a uma rede de ataques nas redes sociais.

Em ofício enviado à delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, da PF, no último dia 8, Coronel justifica que é necessária uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a comissão encaminhe os documentos, ou após deliberação do plenário da CPMI. O argumento do senador é baseado em análise da Advocacia do Senado.

"Não foi demonstrada a existência de decisão judicial exarada pelo Supremo Tribunal Federal que justifique o pedido ou vincule este Colegiado. No mesmo sentido, eventual decisão pelo compartilhamento só se legitimaria após deliberação do plenário da CPMI", diz trecho do documento.

Em outubro, o senador baiano já havia negado o acesso à PF por causa da falta de detalhamento no pedido. À época, Coronel definiu a solicitação como "genérica".

"Eles disseram que querem todo o material relacionado a ataques contra instituições democráticas. Há muita coisa que a gente produziu, um calhamaço enorme. Não dá para pedir tudo assim", argumentou.

Eduardo Bolsonaro

O primeiro pedido da Polícia Federal foi motivado por um depoimento do deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) em 29 de setembro, que levou dados à PF que ligariam Eduardo Bolsonaro pessoalmente ao esquema de ataques virtuais contra opositores da família.

Frota apontou diversos números de IPs de computadores de Brasília e do Rio que teriam sido identificados como participantes de ataques de disseminação de fake news na internet. Segundo o parlamentar, os IPs estão ligados a um email oficial e a endereços do filho do presidente.

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