Política
Publicado em 21/12/2020, às 12h31 Redação BNews
Um servidor público federal, nomeado com mais 21 colegas para compor uma força-tarefa do Ministério da Agricultura em Brasília, morreu de Covid-19. A morte do colega revoltou membros da pasta que culpam a ministra Tereza Cristina, pela morte do funcionário.
Os servidores integram quadros de superintendências localizadas em diferentes estados do Brasil.
O funcionário que morreu, Alcides Flores, 64, morava em Porto Velho e, por ter mais de 60 anos, fazia parte do grupo de risco. Ele havia começado a trabalhar na força-tarefa no dia 17 de novembro.
A necessidade de realização do trabalho presencial em Brasília se deveu, segundo o ministério, à complexidade de análise dos documentos e estava atrelada a uma nova capacitação técnica sobre os temas relacionados aos convênios.
Servidores que conversaram com a Folha, mas não quiseram se identificar, disseram que mais quatro membros do grupo contraíram a doença. A reportagem teve acesso a dois dos exames que confirmaram a infecção de integrantes da força-tarefa pelo novo coronavírus.
O Ministério da Agricultura afirmou, em nota, que a força-tarefa, criada por meio da portaria, teve o objetivo de analisar cerca de 1.300 convênios de emendas impositivas no prazo exigido por lei, que se encerra em 31 de dezembro.
A Folha também teve acesso a conversas de WhatsApp do grupo de servidores da Divisão de Desenvolvimento Rural, com 98 integrantes.
Em uma delas, os servidores dizem que o pedido para trabalhar presencialmente partiu da ministraTereza Cristina. Afirmaram ainda que, apesar de não se tratar de uma convocação, não tiveram como negar o pedido.
"Dentro de uma situação de pandemia, por que corremos esse risco desnecessário, ainda mais sem plano de contingência elaborado?", questionou um servidor no grupo.
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