Política

Dos 95 servidores suspeitos de se candidatar só para tirar licença, dois são baianos

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Funcionários públicos afastados dos serviços continuam recebendo seus salários   |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 03/01/2021, às 10h45   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Dos 95 servidores que tiraram licença remunerada de seus cargos para se candidatar a vereador em 2020 não receberam um voto sequer, tampouco os seus. As informações são de um levantamento feito pelo site UOL. Segundo denúncia do portal, desse total pelo menos dois servidores são baianos. 

Em Ibicaraí, no sul da Bahia, dois funcionários municipais disputaram a última eleição e não votaram em si mesmo, foram eles a professora Sandy de Jesus Silveira Matos, de 42 anos, e o agente administrativo Fabrício Oliveira Costa, de 43. Os dois concorreram filiados ao PSDB e receberam pelo menos R$ 1 mil por mês da prefeitura enquanto estiveram licenciados.

Por lei, funcionários públicos precisam se afastar do serviço quando decidem disputar uma eleição e têm direito de continuar recebendo seus salários enquanto fazem campanha

Ainda de acordo com o UOL, essa não foi a primeira vez em que eles se licenciaram para se candidatar a vereador e tiveram péssimos resultados nas urnas. A professora Sandy também foi candidata a vereadora em 2012 e 2016. Na primeira vez, ela estava filiada ao antigo PMDB, investiu R$ 20 na campanha e obteve um único voto. Já em 2016, ela estava no PTN, não gastou nada em sua campanha e obteve dois votos.

Já  Fabrício também já tentou ser vereador por três vezes, por três partidos diferentes, usando três nomes distintos. Em 2012, "Fabrício" estava no PTC e teve sua candidatura indeferida. Em 2016, "Bricete" era do PPS e obteve um voto. Já em 2020, Fabrício foi "Fabricete". O UOL tentou contato com Sandy e Fabrício por meio do PSDB e da Prefeitura de Ibicaraí, mas não obteve resposta. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp