Política

Após MDB lançar Tebet no Senado, deputados do DEM reforçam rejeição em apoiar Baleia Rossi na Câmara

Jefferson Rudy/Agência Senado
O grupo de dissidentes do DEM - liderados pelo deputado baiano Elmar Nascimento - questionam por que apoiariam um partido em uma Casa, sendo que na outra esse partido decidiu lançar candidato próprio  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/Agência Senado

Publicado em 13/01/2021, às 17h42   Pedro Vilas Boas


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A decisão do MDB de lançar Simone Tebet (MS) à disputa pela presidência do Senado serviu como argumento para reforçar a rejeição de deputados do DEM que são contrários à decisão do partido de apoiar Baleia Rossi (MDB-SP) na eleição da Câmara.

O grupo de dissidentes do DEM - liderados pelo deputado baiano Elmar Nascimento - questionam por que apoiariam um partido em uma Casa, sendo que na outra esse partido decidiu lançar candidato próprio. No Senado, o Democratas tem como candidato Rodrigo Pacheco (MG).

"Vamos ver se isso muda alguma coisa, agora que oficializou a candidatura do MDB. Ele [ACM Neto, presidente nacional do DEM] me disse que agiria como juiz e que estava aguardando essa decisão do MDB", disse o deputado federal baiano Arthur Maia ao BNews, outro que integra a ala dissidente do Democratas.

Simone Tebet

A candidatura de Simone Tebet (MDB-MS) tem se fortalecido. Nesta quarta-feira (13), as bancadas do Podemos, com nove senadores, e do Cidadania, com três senador, decidiram apoiar a candidatura da emedebista à presidência do Senado. Agora, a senadora conta com apoio de MDB, Podemos e Cidadania, com 27 parlamentares.

De acordo com o site Metrópoles, a expectativa é de que o PDSB, com sete senadores, também se una à senadora.

Atualmente, Simone Tebet é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Insatisfeitos

Arthur Maia e Elmar Nascimento já deixaram claro, publicamente, a insatisfação com Rodrigo Maia. 

"O Rodrigo fez de tudo para misturar os dois assuntos. A situação no Senado estava resolvida, mas o Rodrigo forçou a barra para fazer a mesma coisa na Câmara. Com a sede de continuar presidente, ele acabou fazendo com que o Supremo proibisse a reeleição na Câmara e no Senado", disse Arthur Maia, em entrevista a O Antagonista em 9 de dezembro.

Já Elmar queria ser o candidato do grupo à presidência. Em uma mensagem obtida pelo site Poder360 e divulgada no dia 16 de dezembro, o baiano diz que foi traído. "Apesar de tudo isso, meu nome vem sendo ‘estranhamente’ relegado. Fui traído inexplicavelmente por quem eu considerava meu melhor amigo. Quem eu mais confiava. Quem eu mais acreditava. Quem sempre segui cegamente em tudo”, diz um trecho.

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