Política

De olho na reforma ministerial, centrão pressiona para ganhar cargos ocupados por militares

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Duas pastas pretendidas são a Casa Civi, do general Braga Netto, e a Secretaria de Governo, fundamental para a articulação política, chefiada por Luiz Eduardo Ramos  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 24/01/2021, às 10h42   Redação BNews


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Com a reforma ministerial cada vez mais perto de acontecer, cresce a pressão do centrão para ganhar ainda mais espaço no governo Bolsonaro. As mudanças, que devem acontecer após as eleiçõas na Câmara e no Senado, podem incluir a redução do contingente de militares no Palácio do Planalto.

Ciente das pastas importantes atualmente chefiadas por militares, os partidos do centrão já almejam este lugares estratégicos no primeiro escalão. Duas pastas pretendidas são a Casa Civi, do general Braga Netto, e a Secretaria de Governo, fundamental para a articulação política, chefiada por Luiz Eduardo Ramos.

O consenso do grupo é que a "militarização" engessa o governo e atrapalha a interlocução com os demais partidos, além de se tornarem um peso no momento de pleitear cargos e emendas com parlamentares.

O ex-prefeito e presidente nacional do DEM, ACM Neto, chegou a ser sondado, assim como o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-ministro no governo Lula, José Mucio Monteiro, mas ambos rejeitaram.

O ministro Luiz Eduardo Ramos é constantemente criticado por opositores e aliados. O militar é tido como alguém de fora da política e sem habilidade para tratar com o Congresso e o centrão quer que seja subtituído por alguém com uma trajetória no "ramo".

O general, contudo, é amigo do presidente Jair Bolsonaro e considerado um homem de sua confiança. Uma das possibilidades seria movê-lo para outro cargo do governo, abrindo espaço para o centrão e sem necessariamente expulsá-lo do Planalto.

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